O Brasil é um dos dez países com mais vítimas da corretora de criptomoedas FTX. Um estudo recente listou quais são os 30 territórios mais afetados pela plataforma, que tinha um alcance global.
Na última sexta-feira (11), a FTX, por meio de seu então CEO Sam Bankman-Fried, declarou falência.
Para desespero dos clientes, que já estavam há quase uma semana sem saques, a situação piorou muito. A lista de credores da FTX ainda não está totalmente clara, embora estudos sugiram que pelo menos 1 milhão de pessoas pelo mundo tenha perdido valores na empresa.
A FTX, ao que tudo indica, era uma empresa que estava totalmente alavancada e seus bens não possuem liquidez para cumprir com as demandas de clientes.
Com Brasil na décima posição, estudo revela quais são os países mais afetados pelo fim da FTX
Ainda digerindo o colapso da FTX, corretora que pode ter cometido uma das maiores fraudes financeiras dos últimos anos, um estudo produzido pelo CoinGecko busca identificar as maiores vítimas.
Baseado no tráfego da corretora, o levantamento mostra quais podem ser os países mais afetados pela FTX.
Com 2,8% do tráfego, o Brasil acabou ocupando a 10.ª posição, sendo o maior país entre todas as Américas a acessar a plataforma. De acordo com os dados, o país registrava 134 mil acessos mensais na FTX.
O estudo analisou dados de janeiro e outubro de 2022, período antes do fim da corretora.
Representando a América Latina, a Colômbia aparece na posição 24, com 1,3% dos acessos mensais. Já a Argentina, na posição 26, tinha 1,2% dos acessos realizados na corretora. Fechando o ranking dos latinos, o México surge na 28.ª colocação, com 1,1% dos ingressos na plataforma global que deu calote.
Na América do Norte, o Canadá ocupa a 15.ª entrada na FTX.com (2,1%), enquanto os traders dos Estados Unidos colocaram o país na posição 18 do levantamento (1,9%).
Coreia do Sul novamente no topo do problema
Já pressionada desde o fim da Terra (LUNA), a comunidade de criptomoedas da Coreia do Sul se destaca novamente em um problema no setor. Isso porque, a Coreia do Sul é o país que mais acessava mensalmente a FTX, com 6,1% das entradas únicas na corretora.
Entre os três mais afetados estão ainda Cingapura (5%) e Japão (4,6%), mostrando que os países asiáticos estão entre os que tiveram a pior experiência.
Chama atenção que a China não aparece no levantamento realizado pelo CoinGecko. Contudo, duas regiões que são reconhecidas pelo governo chinês como parte de seu território estão entre os afetados. São eles Taiwan (3,2%) e Hong Kong (2,2%).
Os dados foram obtidos na plataforma Similarweb, com acessos de usuários em dispositivos móveis e desktop.
Por fim, o levantamento aponta que as corretoras mais beneficiadas pelo fim da FTX foram a Binance e OKX.