Em uma entrevista para apresentar dados sobre sua carteira de investimentos recente, Luiz Barsi declarou que “exorciza as criptomoedas”, um mercado do qual ele ainda não vê fundamentos.
Chamado por alguns de “Warren Buffett brasileiro”, Barsi tem um perfil de investidor que analisa ações na bolsa que possuem fundamentos e pagam bons dividendos.
Por conta de sua estratégia de renda passiva com ações, se tornou um milionário pessoa física, apenas operando no mercado financeiro.
Embora não tenha medo de se expor aos riscos do mercado de ações, as criptomoedas seguem fora do radar do investidor.
“Exorcizo as criptomoedas”, diz Luiz Barsi
Em conversa com o Estadão, em uma entrevista divulgada nesta quinta-feira (15), Luiz Barsi começou a projetar seus investimentos para 2023.
Uma de suas maiores preocupações é que o novo governo do Brasil, que assume em janeiro próximo, comece a tributar os dividendos pagos por empresas da bolsa. Mesmo assim, ele segue otimista que a tributação não ultrapasse 15%, ainda que uma alíquota de 30% a 40% possa corroer ganhos de acionistas.
Quanto as criptomoedas, 2023 deve ser mais um ano em que Barsi segue com sua estratégia afiada, isto é, fora do mercado.
Questionado se pretende investir no setor, Luiz Barsi declarou que “exorciza as criptomoedas“. Vale lembrar que o exorcismo é uma prática em que alguns religiosos praticam um ritual para expulsar espíritos malignos.
Essa não é a primeira vez que Barsi se posiciona contra as criptomoedas. Recentemente, o investidor da B3 declarou que “criptomoedas são fantasias de pessoas fáceis de ser ludibriadas”, o que não se encaixa em seu perfil.
Criptomoedas são “patrimônios intelectuais”
Os chamados patrimônios intelectuais são aqueles criados por empresas para seus negócios, que podem ou não lhes dar alguma vantagem competitiva no mercado.
E na opinião de Luiz Barsi, as criptomoedas se encaixam também na definição, indicando que por não terem algum físico, não possuem credibilidade.
Por fim, além de exorcizar as criptomoedas, Luiz Barsi declarou que nunca irá comprar uma moeda digital, batendo o pé que em 2023 seguirá firme contra a tecnologia financeira.
Criptomoedas são moedas ou investimentos?
Vale o destaque que, enquanto as criptomoedas crescem em adoção no Brasil, muitos ainda acreditam que elas são investimentos, ou ativos digitais.
Contudo, quando o bitcoin surgiu, sua ideia era se tornar um meio de pagamentos descentralizado. Ainda com poucas empresas aceitando bitcoin como pagamento no Brasil, a realidade começa a mudar pontualmente em algumas cidades, como Jericoacoara, no Ceará, com o projeto Bitcoin Beach Brasil.
Como uma alternativa ao Real brasileiro, o Banco Central já se atentou para a tecnologia e prepara o Real digital para enfrentar as criptomoedas.
