A carteira de criptomoedas mais popular da Argentina, a Bitera, encerrou o seu serviço de custódia de stablecoins, pedindo que todos os usuários saquem seus ativos o mais rápido possível.
Em um e-mail encaminhado aos clientes, a carteira não fornece muitas informações sobre o que motivou o fim do serviço.
“Bitera deixará de operar e encerraremos as contas”, diz o breve comunicado da carteira. Assim, todos os investidores que possuem saldo de DAI ou NuARS na carteira devem proceder para sacar até no máximo dia 16 de outubro de 2023.
Carteira de criptomoedas encerra serviço e pede que usuários saquem fundos antes do dia 16 de outubro de 2023
Quem não efetuar os saques até o dia 16 de outubro de 2023 poderá ter problemas com a Bitera. De acordo com a carteira, após a data só serão permitidos saques por meios legais, ou seja, via judicial.
O e-mail “info@bitera.app” foi colocado a disposição dos investidores de stablecoins, para que perguntem quaisquer dúvidas.
Antes de encerrar seus serviços, a carteira prometia ser o portal dos investidores para o DeFi, ecossistema de finanças descentralizadas.
De acordo com apuração do Livecoins, só no aplicativo da Google Play, a Bitera recebeu mais de 10 mil downloads de usuários. Já na loja da App Store, para dispositivos móveis da Apple, apenas 31 avaliações estão públicas de usuários.
Vale lembrar que, mesmo em um ambiente dinâmico como o das criptomoedas, a última atualização do aplicativo ocorreu apenas em 2022.
Clientes ficam indignados com fim do serviço e alguns alegam “impossibilidade de saques”
A Bitera é uma carteira criada pela Bitera Labs LLC, o que indica que sua sede fica em Delaware, nos Estados Unidos.
Mas com o final do serviço aos clientes, alguns ficaram indignados com a interrupção abrupta da carteira, e um prazo relativamente apertado para saques.
O Livecoins apurou em uma comunidade de clientes, nesta quarta-feira (20), que alguns reclamam sobre a impossibilidade dos saques. Os valores só podem ser enviados utilizando as redes Binance Smart Chain ou Ethereum, contudo, não tem chegado aos destinos finais e voltam a aparecer como saldo na própria Bitera.
Apesar da dúvida e queixa dos clientes, a Bitera mantinha opções de depósitos como CeFi e como DeFi, ou seja, algumas criptomoedas ficavam na custódia da própria empresa.
O caso recém-revelado apresenta um desafio aos investidores, que buscam respostas da empresa sobre os problemas.