A rede do Bitcoin alcançou um feito impressionante em sua capacidade de processamento: 7,88 Exaflops por segundo, posicionando a moeda digital como a maior fonte de poder computacional do planeta, superando em mais de 3.000 vezes o poder combinado dos 300 supercomputadores mais rápidos do mundo, que somam, juntos, menos de 2,5 Exaflops/s.
O cálculo desse desempenho, publicado por um usuário no Reddit, é baseado na taxa de hash da rede do Bitcoin, que atualmente opera em 788,16 EH/s (exahashes por segundo).
Cada hash do algoritmo SHA-256, usado pelos mineradores de Bitcoin para garantir a segurança da rede, equivale a aproximadamente 10 operações de ponto flutuante.
Ao converter essa capacidade de hashing para o equivalente em petaflops, obtém-se um total de 7.881.600 Petaflops/s, ou 7,88 Exaflops/s.
Bitcoin supera supercomputadores
Os supercomputadores, que tradicionalmente lideram em tarefas de processamento intensivo para avanços científicos e industriais, não chegam nem perto da força agregada da rede Bitcoin.
Além disso, a natureza descentralizada da rede, com mineradores espalhados pelo mundo, reforça sua segurança e resiliência, fatores essenciais para um sistema que movimenta bilhões de dólares diariamente.
Sendo assim, a força computacional da rede do Bitcoin é considerada a mais segura do mundo. Essa segurança se deve à sua imensa descentralização e à quantidade colossal de poder de processamento necessária para proteger cada bloco de transações.
Para hackear a rede do Bitcoin, um invasor precisaria controlar mais de 51% de todo o poder computacional. No caso do Bitcoin, isso equivaleria a reunir recursos superiores a 394 EH/s, o que é inviável tanto em termos de custo quanto de energia necessária.
Essa barreira de entrada extrema, somada à natureza globalmente distribuída da rede, garante que o Bitcoin seja resistente a fraudes, manipulações e ataques cibernéticos. Por isso, é amplamente reconhecido como o sistema mais seguro para transações financeiras digitais no mundo atual.
Bitcoin possui um poder computacional teórico de 7,88 Exaflop/s, se tornando a maior fonte de poder computacional do mundo.
3.000 vezes o poder combinado dos 300 supercomputadores mais rápidos do planeta (menos de 2,5 Exaflop/s). 🚀 pic.twitter.com/108ShZABNV
— Livecoins (@livecoinsBR) December 21, 2024
Bitcoin tem a rede mais segura do mundo
A rede do Bitcoin apresenta uma resiliência inigualável em comparação com sistemas financeiros tradicionais, como bancos centrais e redes de pagamento globais, como o SWIFT e a Visa.
Essas infraestruturas centralizadas dependem de servidores específicos e pontos críticos de controle que, caso sejam comprometidos, podem paralisar operações inteiras.
O SWIFT, por exemplo, já foi alvo de hackers que exploraram vulnerabilidades para realizar transferências fraudulentas. A Visa, apesar de sua eficiência, sofreu interrupções no passado devido a falhas técnicas, causando transtornos globais.
Em contraste, a rede do Bitcoin é descentralizada, funcionando desde sua criação, em 2009.
Milhares de mineradores e nós espalhados pelo mundo mantêm a rede operante e resistente a falhas ou ataques direcionados. Isso aumenta a segurança e torna o Bitcoin uma alternativa confiável para transferências financeiras globais, mesmo em cenários de instabilidade econômica ou geopolítica.
A segurança da rede Bitcoin é altamente eficiente contra ataques realizados com computadores tradicionais. No entanto, o avanço da computação quântica levantou questões sobre a capacidade dessas máquinas de quebrar os sistemas de criptografia atuais.
Teoricamente, computadores quânticos suficientemente avançados poderiam comprometer chaves privadas ou reverter o hash de blocos, ameaçando redes como a do Bitcoin.
Apesar dessas preocupações, especialistas apontam que a tecnologia quântica ainda está longe de atingir esse nível de capacidade. Além disso, o protocolo Bitcoin tem a flexibilidade necessária para ser atualizado com novas formas de criptografia resistentes a ataques quânticos, como algoritmos pós-quânticos.
Isso garante que, mesmo em cenários futuros, a rede possa continuar protegida contra ameaças tecnológicas emergentes.
A robustez do Bitcoin também é demonstrada pela resistência a tentativas de ataques, incluindo os chamados ataques de 51%. Esses ataques ocorrem quando um indivíduo ou grupo controla mais da metade da taxa de hash da rede, permitindo manipular transações ou reverter blocos.
No entanto, devido à escala gigantesca do poder computacional do Bitcoin, realizar um ataque dessa magnitude é economicamente inviável.
Em redes menores de criptomoedas, ataques de 51% já ocorreram, como no caso do Ethereum em 2019. No entanto, na rede Bitcoin, nenhuma tentativa desse tipo teve sucesso.
A descentralização massiva da mineração e a contínua inovação no setor de hardware dificultam ainda mais tais ataques, garantindo que a rede continue sendo a mais segura e confiável para transações financeiras globais.