Moody’s rebaixa nota de crédito dos EUA, o que isso significa para o Bitcoin?

Especialistas apontam que Moody's não apresentou nenhuma novidade e todos já sabiam que o governo americano está em um caminho fiscal insustentável. De qualquer forma, continuam otimista sobre o Bitcoin justamente por isso.

A Moody’s, uma das principais agências de classificação de risco do mundo, rebaixou a nota de crédito do governo americano de ‘Aaa’ para ‘Aa1’. Essa é a primeira vez que a Moody’s rebaixa a nota dos EUA, mas a Standard & Poor’s (S&P) já havia feito isso ainda em 2011.

Explicando seus motivos, a Moody’s aponta que a dívida do governo americano aumentou de forma contínua por mais de uma década.

Somado a isso, os pagamentos dos juros devem consumir até 30% da receita do governo até 2035. Antes disso, a dívida pública consumia 18% do orçamento público em 2024 e 9% em 2021.

“Já o peso dos juros no setor público geral (federal, estadual e local) foi de 12% da receita em 2024, comparado a apenas 1,6% em países com nota Aaa”, justificou a Moody’s.

Outros pontos citados é de que os EUA não devem reduzir seu déficit, pelo contrário, podendo chegar a até 9% do PIB em 2035, bem acima dos 6,4% de 2024. Já os gastos obrigatórios (incluindo seguridade social, saúde e juros) devem representar 78% do orçamento total em 2035.

Bitcoin pode se beneficiar do rebaixamento da nota dos EUA pela Moody’s?

Dado que o dólar americano é a moeda dominante do mundo, uma crise nos EUA poderia desencadear uma busca por outros ativos mais seguros. Uma vez que o Bitcoin possui uma escassez absoluta, a criptomoeda poderia ser vista como uma proteção por diversos investidores e até mesmo empresas e governos.

Para Arthur Hayes, fundador da BitMex, o crescimento da dívida pública americana fará o Bitcoin chegar a US$ 1 milhão ainda em 2028.

Tom Lee, co-fundador da Fundstrat, acredita que o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s não tem tanta relevância. Seu argumento é que o mundo já sabia que o governo americano passa por uma crise crescente.

“Não sei se há muito sinal no rebaixamento de sexta-feira porque acredito que o primeiro sinal de rebaixamento de triplo-A aconteceu em 2011”, comentou Lee à CNBC, referindo-se ao rebaixamento feito pela Standard & Poor’s (S&P) na data.

“Não acredito que a Moody’s tenha alguma informação que nós não tínhamos na sexta-feira de tarde. Portanto, penso que o mercado já precificou em grande parte o fato de que os EUA realmente não são mais Aaa. Então, eu vejo isso como uma oportunidade de compra.”

Assim como Lee, quem também acredita que a dívida americana é insustentável é Jerome Powell, presidente do Banco Central dos EUA (Fed). Ainda em 2024, Powell disse estar preocupado, notando que os EUA estão pegando dinheiro emprestado das gerações futuras.

Embora os títulos do Tesouro americano continuem seguros, a discussão mostra que investidores devem buscar opções caso a situação piore. Investidores mais novos também devem aumentar sua exposição no Bitcoin — frente a outras alternativas como ouro e prata — devido a sua forte ligação com tecnologias.

Em 2023, o Bitcoin engatou uma alta após a Moody’s rebaixar as notas de diversos bancos. Portanto, isso mostra como a agência pode influenciar o preço da criptomoeda.

Somado a isso, também há a chance do dólar americano perder seu posto de moeda global devido à falta de confiança e perda de valor. Portanto, o Bitcoin também poderia assumir um papel muito mais importante no mundo.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.
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