O Bitybank participou do Blockchain Rio 2025, um dos principais eventos de inovação e tecnologia blockchain da América Latina, integrando um painel dedicado à indústria de pagamentos crossborder.
Representada pelo CFO Ibiaçu Caetano, a instituição dividiu o palco com Nicolas Afonso (Caliza), Márlison Silva (Transfero) e Glauber Mota (Revolut), em um debate aprofundado sobre como os avanços tecnológicos vêm transformando os fluxos financeiros internacionais e promovendo uma maior integração econômica global.
O painel abordou como a redução de custos nos pagamentos internacionais pode ampliar a inclusão financeira e contribuir para a expansão de negócios impactados por barreiras fronteiriças.
Os participantes ressaltaram que tecnologias como stablecoins e a infraestrutura blockchain já estão disponíveis e operacionais, oferecendo soluções mais rápidas, seguras e acessíveis. O principal desafio, no entanto, deixou de ser técnico e passou a ser regulatório.
Como destacou Ibiaçu Caetano, “o problema não é a conversão ou a transferência em si, mas entender as exigências dos reguladores, que ainda não possuem normas específicas para o uso de stablecoins.”
Insegurança regulatória
Outro ponto abordado foi o alto custo da insegurança regulatória. A incerteza obriga empresas a contratarem consultorias jurídicas especializadas e a realizarem investimentos expressivos para interpretar normas vagas.
“É preciso dinheiro para interpretar o que não está escrito nas entrelinhas”, pontuou Caetano. Enquanto isso, players internacionais optam por atuar apenas dentro de ambientes com regulação claramente definida, o que desacelera a adoção de inovações.
A discussão também tocou na percepção de risco ainda associada ao setor de criptoativos. Mesmo empresas que operam com seriedade e transparência são frequentemente classificadas como de “alto risco”, o que gera tarifas elevadas e dificulta relações com bancos tradicionais.
Para Caetano, “cripto é um ativo. O risco não está no ativo em si, mas no uso que se faz dele. Com regulação clara, poderemos diferenciar os setores, identificar quem opera de forma segura e oferecer acesso a preços mais justos.”
O painel também enfatizou a importância da transparência nos fluxos internacionais. No sistema financeiro tradicional, os intermediários cumprem o papel de checar origem e destino dos recursos.
No ecossistema cripto, essa verificação ainda é um desafio, sobretudo na identificação do beneficiário final, o que aumenta a chance de recusas em transações legítimas.
Os painelistas concordaram que a tecnologia avança mais rapidamente do que a regulação, e que um esforço conjunto entre empresas e órgãos reguladores será essencial para acompanhar esse ritmo.
A participação do Bitybank no Blockchain Rio reforça seu compromisso com a inovação responsável, a inclusão financeira e a construção de uma infraestrutura mais eficiente para pagamentos globais.
O painel mostrou que, embora a ousadia seja fundamental para transformar o mercado, a segurança jurídica, aliada a profissionais capacitados e boas práticas de compliance, é o que permitirá a consolidação de soluções sustentáveis no cenário internacional.
Como resumiu Caetano, “o grande vencedor desse processo regulatório é, com certeza, o consumidor final. Ele vai acessar mais soluções de pagamentos transfronteiriços, com melhor qualidade, melhores preços e também com um nível muito alto de segurança, não apenas regulatória, mas também em relação à prevenção à lavagem de dinheiro. Aqui no Bitybank, acreditamos que os players vencedores serão aqueles que colocarem o consumidor em primeiro lugar. Ou seja, não basta ter uma stack regulatória completa ou os melhores advogados. O que realmente importa, no fim do dia, é atender de forma efetiva à dor do cliente.”