Rain Lõhmus, um banqueiro da Estônia, comprou US$ 75.000 em Ethereum em 2015 durante sua oferta inicial de moedas. Dez anos depois, hoje a quantia está avaliada em US$ 1,1 bilhão (R$ 6,1 bilhões), um retorno de 15 mil vezes para cada dólar investido.
O problema é que o investidor perdeu o acesso à sua carteira e não consegue mover seus fundos. A história é parecida com a de James Howells, minerador que jogou 8.000 bitcoins (R$ 5,1 bilhões) no lixo.
Os dois casos lembram a importância de fazer backups seguros de suas chaves privadas ou frases-semente, independente do valor atual. Isso porque essas criptomoedas possuem um grande potencial de valorização.
Investidor de Ethereum poderia estar bilionário, mas perdeu acesso à sua cateira
O Ethereum opera em forte alta de 36% neste mês de agosto, chegando a US$ 4.791 nesta quinta-feira (14), bem próximo à sua máxima de 2021.
O que é motivo de felicidade para a maioria dos investidores não traz boas lembranças para Rain Lõhmus. Isso porque o banqueiro poderia estar bilionário caso não tivesse perdido acesso à sua carteira.
“Rain Lohmus gastou US$ 75.000 em ETH durante a ICO de 2015. Infelizmente, ele perdeu a carteira e ela está completamente inacessível. Seu ETH perdido agora vale mais de US$ 1 bilhão.”

Dados on-chain mostram que ele recebeu esses 250.000 ETH em 30 de julho de 2015. Ou seja, a transação completou 10 anos recentemente.
Em 2023, quando a quantia estava avaliada em meio bilhão de dólares, Lõhmus afirmou que não fez muito esforço para recuperar sua carteira. Embora não tenha dado mais detalhes sobre a perda, o banqueiro disse ser muito comum que ele perca senhas.
Devido à data, é bastante provável que o acesso à sua carteira se dava por um arquivo com senha (JSON keystore) ao invés das populares 12 ou 24 palavras usadas atualmente. Além disso, carteiras de hardware também não eram populares na época.
Investidores brincam com perda bilionária de banqueiro
Nas redes sociais, outros investidores brincaram com a perda de Lõhmus. Como exemplo, um usuário agradeceu pelo aumento da escassez do Ethereum já que esses 250 mil ethers estão fora do mercado.
Independente disso, é difícil acreditar que o banqueiro ainda tivesse essas moedas caso tivesse acesso a elas. Isso porque o Ethereum passou por diversos ciclos de alta, o que faria ele vendê-las muito antes delas atingirem a marca de US$ 1,1 bilhão.
Seja como for, os casos de Lõhmus e de Howells são um lembrete para manter backups de suas carteiras, independente de quanto elas valham hoje. Carteiras de hardware, bem como seeds anotadas em papel, são as opções mais usadas atualmente.