Por que o dólar digital está se tornando peça-chave na economia brasileira?

*Por Guilherme Sacamone – CEO da OKX no Brasil 

Nos últimos anos, a economia digital vem transformando profundamente a forma como empresas e pessoas movimentam dinheiro pelo mundo. Nesse cenário, quando a volatilidade clássica dos criptoativos precisa de uma resposta prática e estável, nasce uma solução estratégica: as stablecoins. Criadas para atuar como uma ponte entre o universo digital e o sistema financeiro tradicional, elas oferecem estabilidade em um mercado historicamente imprevisível ao terem seu valor atrelado a moedas fortes, como o dólar. 

A relevância desse movimento já é visível no Brasil. De acordo com o Banco Central do Brasil, quase 90% das transações com moedas digitais no país envolvem stablecoins, principalmente em operações de pagamento internacional. Isso mostra que elas não são mais um nicho especulativo, mas sim uma porta de entrada para brasileiros e empresas que desejam participar da economia digital global, combinando a eficiência da tecnologia blockchain com a previsibilidade das finanças convencionais. 

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Em um mundo cada vez mais conectado, a necessidade de transferir valor entre fronteiras de forma eficiente se intensifica, e as tecnologias digitais vêm desempenhando um papel central nessa transformação. No Brasil, o USDT – ativo lastreado em dólar – movimentou aproximadamente R$9,6 bilhões no país. Além disso, o estoque total de stablecoins cresceu mais de 40% em 2024. Essa expansão acompanha o crescimento dos meios de pagamento digitais e aponta para um cenário em que eles funcionam não apenas como reserva de valor, mas também como instrumentos de pagamento no dia a dia, inclusive em transações internacionais. 

Para as empresas brasileiras, especialmente as que atuam no comércio exterior, isso representa um ganho competitivo direto. Ao adotar o dólar digital como meio de pagamento, é possível reduzir intermediários, encurtar prazos, cortar custos cambiais e dar mais previsibilidade ao fluxo de caixa. Além disso, o uso de ativos estáveis em operações internacionais reduz a exposição a oscilações repentinas do câmbio e amplia o acesso a novos mercados de forma mais ágil e eficiente. 

Por muito tempo, as stablecoins — apesar de serem um fenômeno global que permite a qualquer pessoa acessar ativos reais com facilidade — permaneceram distantes do dia a dia do brasileiro médio. As soluções disponíveis até então eram voltadas, em sua maioria, a instituições e a um público já familiarizado com o universo cripto. O brasileiro médio, que não é entusiasta de cripto, continuava recorrendo a casas de câmbio com custos elevados sempre que se preocupava com a trajetória do Real ou planejava uma

viagem internacional. A ausência de uma alternativa simples, intuitiva e acessível manteve a maioria da população fora desse movimento global. 

Agora, esse cenário começa a mudar. Novas soluções digitais estão tornando o acesso ao dólar digital mais simples e direto, permitindo que consumidores realizem pagamentos internacionais de forma descomplicada, por meio de cartões pré-pagos de bandeiras conhecidas, atrelados a moedas digitais. Essas ferramentas eliminam o IOF e os spreads cambiais, e podem ser utilizadas em milhões de estabelecimentos ao redor do mundo. Na prática, isso significa mais previsibilidade, autonomia e controle: o consumidor sabe exatamente quanto está pagando, sem surpresas e sem depender de intermediários. 

O Brasil está diante de uma oportunidade estratégica de modernizar a forma como se integra ao sistema financeiro global. As moedas digitais são uma infraestrutura financeira já em uso, que cresce em escala e relevância. Empresas e consumidores que compreenderem e se adaptarem a esse movimento estarão mais bem posicionados para aproveitar os benefícios de redução de custos, ganho de agilidade, ampliação da competitividade e conexão de forma mais eficiente à nova economia digital. 

* Guilherme Sacamone é um líder com quase uma década de experiência nos setores bancário e de criptomoedas. Antes de ingressar na OKX em 2023 como Country Manager no Brasil, atuou no Crypto.com, Facebook e PicPay. Desde que chegou à OKX, é responsável pelo desenvolvimento de negócios, localização de produtos, expansão da base de usuários e relações regulatórias no país.

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