A segurança digital vai passar por novos desafios no ano de 2020, de acordo com um relatório da Kaspersky. Na América Latina, por exemplo, os hackers que pedem Bitcoin poderão atacar novas vítimas.
Kaspersky afirmou que hackers que pedem Bitcoin terão aumento na atividade
A Kaspersky é certamente uma das maiores empresas do ramo de segurança digital. Além disso, possui um dos antivírus mais famosos do mundo, do mesmo nome da empresa.
Dessa forma, alertou nos últimos dias para as novas tendências em segurança digital para 2020. Dentre as várias, estão as relacionadas com criptomoedas, como o Bitcoin, muito utilizadas por hackers.
Os ataques que se utilizam de criptomoedas cresceram em 2019, segundo apurações do Livecoins. São várias as formas que hackers pedem Bitcoin como recompensa por vulnerabilidades encontradas.
Uma delas, e talvez a principal, tem sido os ransomwares. Estes, que são malwares que criptografam os computadores das vítimas tem estado em alta. Empresas de diversos setores e pessoas, ao baixar arquivos com vírus, passam a ter a opção de pagar, com Bitcoin normalmente, para recuperar seus dados. Na última semana, a Prosegur, gigante do setor de segurança, foi atacada por este método.
Sextorsion também é uma das principais ameaças com criptomoedas
Você já recebeu um e-mail afirmando que irá expor seus hábitos sexuais a menos que você pague em Bitcoin para os hackers? Então, a prática chamada de “sextortion” tem estado em alta em 2019.
A Kaspersky afirmou que 2020 a prática vai aumentar consideravelmente. Nesse modelo de ataque, as pessoas recebem mensagens dos hackers afirmando que irão expor a privacidade das vítimas. Isso certamente afeta as pessoas, que buscam comprar Bitcoin para pagar aos hackers a quantia solicitada e não ter assim sua privacidade violada. Em alguns casos, tudo não passa de ameaças sem fundamentos.
Além disso, a empresa de segurança acredita que em 2020 o roubo de senhas da Netflix, Spotify e Steam terão aumento. Isso porque estas valem um bom dinheiro ao vender na Deep Web.
A partir de 14 de janeiro de 2020, a Microsoft abandona o sistema Windows 7 de vez. Ou seja, para quem ainda utiliza esse sistema na região da América Latina poderá estar mais vulnerável ao cenário de segurança digital.
América Latina está no alvo de hackers, e grupos tem crescido
O Brasil certamente está no alvo de grupos hackers que tem crescido na região. A Kaspersky afirmou que os grupos hackers “Lázarus” e “Silence” aumentaram consideravelmente sua atuação na América Latina.
O foco destes grupos tem sido instituições financeiras diversas, ou seja, possuem interesse em roubos. Correspondentes dessas instituições e hubs de transações também são alvos deles.
Em outro ponto, a Kaspersky afirmou que os hackers têm desenvolvido novos ransomwares que pedem Bitcoin. Os alvos são certamente perfis de alto escalão, uma vez que são altamente difundidos na mídia e causam maior impacto.
Com grandes vazamentos de dados que ocorrem na região da América Latina, a Kaspersky afirmou que mais chantagens irão acontecer. Não apenas aquelas relacionadas com extorsão sexual, mas todas aquelas de forma ampla.
Para Dmitry Bestuzhev, diretor da equipe responsável da Kaspersky na América Latina, 2020 será um ano de desafios. O analista em segurança disse ainda que “o ano de 2019 confirmou a relevância da cibersegurança, especialmente em ambientes corporativos, registrando vários vazamentos significativos de dados após ataques a empresas, vulnerabilidades em apps de mensagens instantâneas e infecções por ransomware em governos municipais e entidades críticas“.
Para 2020, prevemos um aumento desses tipos de ataques na região, especialmente aqueles com maior potencial de impacto na reputação da empresa afetada, bem como no número de pessoas atingidas.