O Ministério Público da Bahia (MP-BA) instaurou um inquérito e aciona a Unick Forex, Moguro Club e DK Capital Partners por um suposto golpe.
Todas as empresas são citadas como uma possível fraude que lesou investidores pelo Brasil. Ao prometer rendimentos acima do mercado, todas usaram a imagem das criptomoedas.
O mercado de criptomoedas é novo, portanto, golpistas aproveitam da falta de conhecimento para divulgar golpes. No entanto, as empresas citadas no inquérito já podem ter paralisado as suas atividades.
A Unick Forex, por exemplo, foi encerrada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal em 2019. Já a Moguro, que foi criada com o fim da Unick, está a meses sem pagar os investidores.
MP-BA aciona empresas suspeitas de golpe com criptomoedas, Unick Forex foi encerrada em 2019
O Ministério Público da Bahia segue na luta contra golpes de pirâmides financeiras. Alguns, que envolvem até as criptomoedas, têm sido alvo de ações pelo órgão.
No final de 2019, por exemplo, a Binary Bit se tornou alvo do Ministério Público da Bahia. Na ocasião, após milhares de investidores serem atraídos para o negócio, que oferecia lucros acima do mercado com criptomoedas, o MP-BA começou a investigar a empresa.
Naquele mesmo ano, em outubro de 2019, o MP-BA também começou a investigar outros negócios suspeitos. São eles: Unick Sociedade de Investimentos, Estação Informática Equipamentos (conhecida por MoGuRo Club) e DK Capital Partners.
Em nota, o MP-BA afirmou que aciona as empresas após investigações apontarem que todas são golpes. Segundo o MP, as empresas prometiam ganhos inalcançáveis com criptomoedas.
O MP-BA encontrou elementos que mostram que todos os negócios teriam um funcionamento similar. Além disso, a Moguro pode ter relações com a DK Capital Partnes, podendo ser parte da captação da empresa.
“No setor de login do sítio eletrônico da MoGuRo Investment observamos, em destaque, o link para cadastro na DK Capital, a terceira ré, denotando-se a relação entre essas empresas que atuam em setores conexos”, informou a promotora de Justiça Joseane Suzart
Empresas devem parar captação de clientes e cumprir contratos com clientes, pede promotora
Na ação proposta pelo MP-BA contra a Unick, Moguro e DK Capital, a promotora deixa clara a situação. Dessa forma, foi pedido para que a justiça faça o bloqueio dos negócios, paralisando a captação de novos investidores.
Além disso, pede que sejam bloqueados valores nas contas bancárias de todas as empresas. Essa seria uma maneira de evitar que o dinheiro dos investidores seja perdido. A promotora ainda pediu que as empresas parem de afirmar que são negócios sérios e de estrutura sólida.
Por fim, a promotora de justiça Joseane Suzart pediu que as empresas cumpram o contrato com os investidores.
“As empresas também precisam cumprir os termos dos contratos lícitos que venham a ofertar aos consumidores após prévia autorização dos órgãos públicos competentes, atendendo às solicitações de estornos e saques, bem como não alterando unilateralmente o seu conteúdo, sem o prévio aval do contratante”, pediu a promotora
Vale o destaque que, a Moguro tentou até fazer uma vaquinha com os clientes, para pagarem os saques atrasados, ou seja, pediu dinheiro para quem deve. Já a Unick Forex, que até teve carros de luxo leiloados recentemente, deverá pagar apenas parte dos investidores, uma vez que a justiça não encontrou o paradeiro do dinheiro até hoje.