Falsos pastores aplicam golpe com Bitcoin e somem com R$ 150 milhões

Homens se apresentavam como religiosos, mas não passavam de golpistas que foram até presos. Vítimas são procuradas pelo FBI.

Três pastores aplicaram um golpe de pirâmide financeira com Bitcoin e Forex. Com um prejuízo estimado em R$ 150 milhões, até o FBI estaria ajudando nas investigações do caso.

Os golpes de pirâmides associando a imagem do Bitcoin cresceram nos últimos anos em todo o mundo. No Brasil, por exemplo, esquemas como Unick Forex, Indeal, Midas Trend e Genbit foram algumas das principais empresas a relacionar a imagem do Bitcoin em esquemas.

No entanto, em vários países os golpes se tornaram comuns, até nos Estados Unidos. Segundo investigações, três homens que se passavam por pastores entraram em templos religiosos para perpetuar os golpes.

O golpe teria acontecido no estado de Maryland, na região nordeste dos EUA.

Três pastores falsos são acusados de aplicar um golpe com Bitcoin e Forex em milhares de investidores

O FBI nos Estados Unidos está procurando as vítimas do golpe perpetuado por três falsos pastores. O golpe fez vítimas no estado do Texas, Geórgia, Nova York, Flórida, entre outros mais.

De acordo com o FBI, o golpe teria arrecadado pelo menos U$ 28 milhões, entre 2017 e 2019. As vítimas eram convidadas a investir na The Smart Partners LLC, que também usava o nome “1st Million Dollars“.

Na época, três homens foram considerados os líderes do esquema, sendo Dennis Jali, John Frimpong e Arley Johnson. Fazendo eventos em hotéis de luxo, os homens se apresentavam como religiosos e pastores das igrejas.

Dessa forma, ao passar confiança como “homens de Deus”, os “pastores” apresentavam a empresa fraudulenta a investidores iniciantes. Ao apresentar o negócio, eram oferecidos ganhos acima do mercado com Forex e Criptomoedas. Além disso, os clientes acreditavam que poderiam alcançar sua liberdade financeira ajudando a igreja que faziam parte.

“Os réus alegadamente se apresentaram como pastores e disseram aos investidores em potencial que o trabalho do 1st Million estava em prol da missão de Deus, pois ajudou as igrejas e seus membros a obter riqueza pessoal e liberdade financeira.”, apontou o FBI.

Ao usar o dinheiro dos novos clientes para pagar os antigos, típico de esquemas Ponzi, os três acabaram sendo presos.

FBI abriu formulário para identificar as vítimas do golpe

O FBI, que ajuda nas investigações, agora procura reconhecer as vítimas do golpe com Forex e Bitcoin. Para isso, foi aberto um formulário para que as possíveis vítimas se identifiquem e ajudem nas investigações da polícia federal dos Estados Unidos.

Para o FBI, é importante que as vítimas do golpe 1st Million Dollars se identifiquem e colaborem. Esse golpe envolvendo Bitcoin e religião não é o primeiro a chamar atenção no mundo.

No Brasil, por exemplo, a Genbit é uma empresa apontada como esquema de pirâmide, investigada pela Polícia Civil de São Paulo. Os líderes da Genbit chegaram a ser acusados de infiltrar na igreja Cristã do Brasil, lesando fiéis em várias cidades.

Outra que usou o nome de Deus no possível golpe foi a Midas Trend, ao participar do evento Marcha para Jesus. O possível golpe, que encerrou suas atividades em 2020, tinha um líder que até rezava ao apresentar o negócio a investidores, mas há meses sumiu e não paga ninguem.

Ou seja, no Brasil ou nos Estados Unidos, pessoas mal intencionadas usam o Bitcoin em golpes, por vezes em ambientes religiosos. É comum em todos os golpes a promessa de lucros acima do mercado e garantidos, mas a crença nessas fraudes têm arrasado famílias pelo mundo.

Ganhe um bônus de R$ 100 de boas vindas. Crie a sua conta na melhor corretora de criptomoedas feita para Traders Profissionais. Acesse: bybit.com

Entre no nosso grupo exclusivo do WhatsApp | Siga também no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e Google News.

Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

Últimas notícias

Últimas notícias