A Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, divulgou um material sobre a mineração ilegal de criptomoedas, chamada “cryptojacking”, a técnica pode causar problemas para usuários de computadores.
Considerado o Serviço Secreto Brasileiro, o órgão da Presidência da República é vinculado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Em julho de 2020, agentes da Abin participaram de um evento sobre Bitcoin, quando apresentaram várias ferramentas que podem ser utilizadas no rastreio de criptomoedas, mostrando que a agência já está ciente de técnicas de investigação no setor há alguns anos.
Abin divulga material sobre mineração ilegal de criptomoedas feita por hackers: conheça ataque e saiba como se proteger
Nos últimos dias a Abin divulgou um novo material para o seu Programa Nacional de Proteção do Conhecimento Sensível (PNPC), que apoia empresas brasileiras a lutar contra espionagem, vazamento de informações e sabotagem, cibernética ou não.
Ao todo, já foram divulgadas 10 cartilhas públicas para que empresas possam se proteger de vários golpes, seja na proteção do celular, viagem ao exterior, e até invasões cibernéticas.
E o novo material divulgado no final de setembro envolve a Segurança na Internet, citando como a primeira ameaça os ransomwares, vírus que tem causado estragos pelo mundo.
Além disso, o guia da Abin fala contra possíveis ataques de mineração de criptomoedas em usuários, o chamado “cryptojacking”, que é quando hackers têm acesso ao dispositivo da vítima e consomem os recursos do computador para minerar criptomoedas. Ao alertar contra a prática, a imagem do bitcoin apareceu no guia do serviço secreto brasileiro.
De acordo com o estudo, ao ser infectado, a vítima pode identificar o problema por causa da lentidão em seu computador.
Para evitar ser pego, é importante bloquear pop-ups, instalador um bloqueador de anúncios e bloquear scripts em navegadores de internet. Utilizar uma solução anti-adware também pode ser útil para evitar os “cryptojackings”.
Outras ameaças são contra uso incorreto da nuvem, utilização inadequada da internet das coisas, uso do wi-fi público e phishing.
Autoridades brasileiras ligadas no tema
Como há um projeto de lei para regular as criptomoedas, o setor público brasileiro já reconhece esse tema, que pode ser legal em breve.
O Rio de Janeiro, por exemplo, apresentou uma proposta para aceitar esse novo meio de pagamento.
Além disso, nas eleições de 2022, da qual a Abin ajudou a manter a segurança, discussões sobre criptomoedas e até candidatos com o nome Bitcoin foram vistos, situações essas que mostram que a realidade do Brasil para as moedas digitais vão muito além dos golpes e fraudes.