AGU diz ter fortes indícios que golpistas do INSS estão usando criptomoedas e alerta corretoras

Governo teme que fraudadores fujam do país, levando valores em forma de criptomoedas para fora do Brasil.

A Advocacia-Geral da União (AGU) revelou nesta quinta-feira (8) que há fortes indícios que golpistas do INSS tenham usado criptomoedas. O comunicado mostra a preocupação do governo em não deixar que esse dinheiro saia do país.

Além disso, o ministro Jorge Messias aponta que a AGU já solicitou a apreensão dos passaportes de todos os dirigentes das entidades envolvidas na fraude.

No total, as investigações apontam que o prejuízo chegue a US$ 6,3 bilhões, desviados entre os anos de 2019 e 2024. A AGU já pediu o bloqueio de bens e imóveis na casa dos US$ 2,56 bilhões.

“Este é o valor inicial”, comentou Messias, notando que “o trabalho continua” e o número pode crescer.

Golpistas do INSS podem ter usado criptomoedas para ocultar e mover patrimônio para fora do Brasil

Embora não exista um número exato de dirigentes sendo investigados, a Advocacia-Geral da União aponta que a operação realizou 211 mandados de busca e apreensão em 13 estados e no Distrito Federal, bem como outros seis mandados de prisão temporária.

Em atualização sobre o caso, o Ministro da AGU Jorge Messias destacou que os envolvidos podem estar usando criptomoedas para ocultar e mover o dinheiro para fora do país.

Como resposta, a AGU solicitou a apreensão de passaportes, bem como um ofício para corretoras de criptomoedas para localizar valores que possam estar em nome dos investigados.

“Nós estamos solicitando a apreensão dos passaportes de todos os dirigentes dessas entidades para que eles não saiam do Brasil e que eles não saiam e façam nenhum tipo de movimentação patrimonial fora do país”, iniciou Messias.

“Há forte suspeita, a partir dos relatos que nós temos nos dados de investigação, de que há uma estratégia de ocultação patrimonial fora do Brasil conforme nós temos notícia dos relatórios de inteligência.”

“Também, nós estamos adotando um pedido de expedição de ofício às corretoras de criptomoedas com o objetivo de localizar e penhorar valores eventualmente existentes. Há fortes indícios de que este grupo, esta organização criminosa, esteja utilizando criptomoedas para o desvio patrimonial da fraude perpetrada contra aposentados e pensionistas.”

Seguindo, Messias aponta que essa estratégia processual só foi possível devido à junção de indícios para qualificar essas pessoas como os cabeças da fraude do INSS e, portanto, julgá-los de acordo com à lei anticorrupção.

Caso os suspeitos tenham convertido os valores em criptomoedas, mas elas ainda estejam paradas em corretoras, será fácil para o governo congelar e recuperar esses bens.

No entanto, a situação fica mais complicada caso elas já tenham sido movidas para outras carteiras.

Independente disso, os históricos de negociações, caso existentes, devem servir como provas contra os acusados.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.
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