Após Operação Egito contra golpe de criptomoedas, MPSC entra com ação penal

Empresa RZ Consultoria e Assessoria foi alvo de operação policial nos últimos dias e MPSC agora entra com ação penal contra suspeitos.

Após a deflagração da Operação Egito, pela Polícia Civil de Santa Catarina, o MPSC resolveu ingressar com uma ação penal contra a RZ Consultoria e Assessoria, que operou um possível golpe no mercado de criptomoedas entre 2021 e 2022.

De acordo com uma nota do Ministério Público de Santa Catarina, a empresa sustentou ofertas generosas de rendimentos para captar investidores. Contudo, a “esmola demais” se mostrou um grande golpe no futuro.

“Quando a esmola é demais, o santo desconfia. O ditado é antigo, mas válido como sempre. Nesta semana, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) ajuizou ação penal contra o responsável por uma empresa de investimento, a RZ Consultoria e Assessoria, que estaria prometendo juros elevados, muito acima aos praticados no mercado, para supostamente induzir as vítimas a efetuar falsas aplicações, perdendo todo o valor que imaginavam estar investindo.”

O líder do negócio, Raine Miranda Gomes Zanotto, está preso preventivamente, por suspeita de crimes de estelionato e outros.

MPSC acredita que possível golpe de criptomoedas, alvo da Operação Egito, movimentou 6 milhões de reais

Na ação penal contra a empresa que tramita na 1.8ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, o MPSC aponta suspeitas de lavagem de dinheiro, estelionato, sendo ao todo seis crimes cometidos pela RZ Consultoria.

As ofertas do negócio indicavam alta lucratividade com a “locação de criptomoedas” das vítimas, que entregam seus ativos para a empresa, aguardando sua rentabilização.

Os lucros ao mês poderiam alcançar até 10%, sendo que os valores ficavam presos por 12 meses com a empresa.

As formas de envio de dinheiro para a empresa eram transferência bancária, dinheiro em espécie ou bitcoin, o que chamou atenção das autoridades no caso.

Alguns clientes chegaram a receber algumas parcelas prometidas, mas outros nem isso. Além disso, o valor inicial investido pelas vítimas ficou retido pela empresa, o que configura estelionato na visão do ministério público.

Acusado estava movimentando valores em conta pessoa física, segundo Coaf

Anotações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) mostraram para a investigação que Raine Zanotto movimentou valores de clientes em suas contas pessoa física e jurídica. Só entre 2021 e 2022, 6 milhões de reais transitaram nas contas.

Para o MPSC, o golpe de criptomoedas dissimulou a origem do dinheiro dos clientes com um esquema de lavagem ainda sob investigação.

“Raine teria, dolosamente, dissimulando a origem e a natureza dos valores provenientes dos supostos crimes de estelionato, lavando o dinheiro ilícito, ou seja, depositando os ganhos dos golpes nas suas contas e após transferindo para outros destinatários ou investimentos, até agora não identificados, visando, assim, assegurar que as quantias pudessem ser utilizadas em seu gozo pessoal, evitando posterior localização.”

Outros elementos identificados pelos investigadores indicam que ele comprou imóveis e bens para ocultar patrimônio. Compras de vários itens com o cartão de crédito facilitou a dispersão do dinheiro por ele, que após isso pagava as faturas. O caso segue sob apuração.

Como ainda é considerado suspeito das acusações, o réu da ação penal terá direito a realizar sua defesa.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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