Argentina

Argentina faz alerta contra Bitcoin, quarto país em uma semana

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O Banco Central da Argentina emitiu um alerta contra o Bitcoin na última quinta-feira (20). Nos últimos 7 dias, este foi o quarto país a publicar alertas sobre as criptomoedas para a, reforçando medidas já adotadas nos últimos anos.

Tudo começou com a China, sendo o principal país a falar contra o Bitcoin e causando temores nos investidores mais novos do mercado. Após as autoridades chinesas se posicionarem contra as empresas de criptomoedas, até medidas de repressão à mineração foram anunciadas.

Outro que fez alerta na semana foi o Banco Central de Cuba, ilha que tem sido assolada por golpes envolvendo criptomoedas. O BCC afirmou que algumas empresas não possuem autorização para funcionar no país e a população deveria se afastar do mercado.

Um dos casos mais emblemáticos da América do Sul, a Bolívia, voltou a utilizar suas autoridades para fazer alertas contra o Bitcoin. O país, vale o destaque, é o único da região a proibir transações com criptomoedas, desde 2014.

Em semana pesada para o Bitcoin, BC da Argentina reforça medidas contra moeda digital

O preço do Bitcoin caminha para fechar a semana como a pior do ano de 2021. Após várias notícias ruins, começando com Elon Musk e depois pelo Banco Central da China, a cotação da moeda digital perdeu 22,9% de valor nos últimos sete dias.

Com uma semana pesada, vários países e autoridades financeiras aproveitaram o momento para publicar alertas contra às criptomoedas. Um deles foi o Banco Central da Argentina que, na última quinta-feira (20), publicou mais um alerta contra o Bitcoin.

Publicado em conjunto com a Comissão Nacional de Valores Mobiliários (CNV), a nota do BC argentino informa que as criptomoedas representam um risco para usuários e investidores.

Em seguida, a autoridade afirmou que os argentinos não têm tido aceitação significativa no país. No entanto, como há um interesse crescente pelo assunto na Argentina, o BC pede que a população tenha cautela com as criptomoedas.

“Embora os ‘cripto ativos’ atualmente não apresentem níveis significativos de aceitação e uso na Argentina, a velocidade dos desenvolvimentos e o crescente interesse por eles tornam  necessária a adoção de uma atitude cautelosa em relação a eles.”

BC reconheceu que as criptomoedas melhoram a eficiência financeira, mesmo sem curso legal

Vale o destaque que o Bitcoin foi criado para ser uma moeda digital independente de governos. Ou seja, ser criticado por bancos centrais pelo mundo é esperado, visto que esses são sistemas concorrentes naturais das criptomoedas.

Neste ponto, o Banco Central da Argentina confessou que o Bitcoin tem uma eficiência financeira e inovação importante.

“Embora essas tecnologias possam ajudar a promover maior eficiência financeira e inovação, os cripto ativos [moedas] não têm curso legal.”

Entre os riscos que o BC da Argentina alertou contra o Bitcoin, estaria o fato da moeda não ser de curso legal. Dessa forma, não é obrigatório seu uso como meio de pagamento, utilizando a tecnologia apenas quem quiser.

Além disso, o Bitcoin teria preços com alta volatilidade, riscos de ataques cibernéticos, fraudes, lavagem de dinheiro, entre outros mais. O alerta contra as criptomoedas, feito em conjunto por duas autoridades argentinas, foi feito de Buenos Aires, capital do país.

Vale o destaque que a Argentina é um dos países com maior adoção de Bitcoin no continente. Experimentando uma alta inflação na economia, parte da população começou a usar Bitcoin para pagamentos, fugindo da derrocada crescente do Peso argentino.

Na capital, até passagem de metrô pode ser paga com Bitcoin, além de ser comum encontrar um caixa eletrônico de criptomoedas. Contrariando o alerta da última semana, um deputado teria proposto, em novembro de 2020, uma criação de uma corretora de criptomoedas estatal na Argentina.

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Autor:
Gustavo Bertolucci