Autoproclamado criador do bitcoin acusa corretoras de venderem “bitcoin falso”

Wright sempre tentou provar que é Satoshi e que seu Bitcoin é a moeda verdadeira. No entanto, ele poderia fazer isso em alguns minutos ao provar que tem acesso às carteiras de Satoshi e a assinatura do criador do Bitcoin.

Craig Wright, autoproclamado criador do Bitcoin e chamado por muitos de “Faketoshi”, está mais uma vez tentando usar táticas de Lawfare para conseguir forçar entidades e membros a concordar com a sua declaração de que ele é Satoshi Nakamoto. Desta vez a tática extrema de Wright foi processar corretoras famosas por oferecem serviços de Bitcoin.

De acordo a Ontier, firma de direito que representa os interesses de Wright, o suposto criador do Bitcoin está processando a Kraken e a Coinbase por “venderem o Falso Bitcoin” como sendo uma moeda oficial. O processo já realizado pela Ontier através da Alta Corte Inglesa.

A intenção de Wright com ação legal de longo prazo é impedir que as duas empresas passem outras criptomoedas como o Bitcoin verdadeiro. Os reclamantes querem que a Coinbase e a Kraken parem de usar o termo “Bitcoin” para as negociações de Bitcoin (BTC).

As reivindicações de propriedade intelectual (IP) de Wright também se estendem o símbolo do Bitcoin.

“As afirmações do reclamante é de que essas corretoras, e outras, estão negociando – e encorajando os investidores e consumidores a negociar e investir – no BTC, passando ele como o ativo Bitcoin, apesar de ter sido criado em 2017 como uma implementação de software que é diferente e separado do protocolo de Bitcoin que Drº Wright estabeleceu quando ele criou o sistema de dinheiro eletrônico há mais de 13 anos atrás.”, diz o comunicado da Ontier.

O argumento de Wright é que ele quer proteger os consumidores de “fraude” e “engano”.

“Trata-se de proteger o consumidor contra fraudes e enganos. Os consumidores estão sendo enganados diariamente ao pensar que o BTC é o Bitcoin, como descrevi no Whitepaper do Bitcoin. BTC não é Bitcoin.” disse Wright.

O processo recentemente aberto dará início a uma série de reclamações que visam resolver “equívocos”. Essas reivindicações podem valer até “centenas de bilhões de libras”, de acordo com o comunicado de imprensa.

O Bitcoin não é o Bitcoin?

No comunicado, a Ontier e consequentemente Wright, usam termos complicados, talvez até mesmo para tentar convencer previamente as pessoas de que ele está certo. Mas a situação do Bitcoin e de Wright é bem mais complicada do que ele simplesmente alega.

Wright afirma que o Bitcoin Satoshi Vision (SV), que foi lançado em novembro de 2018 após uma divisão da comunidade do Bitcoin Cash, é o único Bitcoin verdadeiro. O próprio Bitcoin Cash nasceu de uma divisão da comunidade original do Bitcoin que acabou “brigando” entre a decisão de aumentar o tamnho dos blocos do Bitcoin.

Sendo assim, o histórico do “verdadeiro Bitcoin” de Wright é: O Bitcoin sofreu um hardfork e que originou o Bitcoin Cash, após mais brigas, o Bitcoin Cash passou por outro hardfork, dando origem ao Bitcoin SV. “A rede original” no entanto, a mesma criada em 2009, é a que hoje é conhecida como BTC, Bitcoin.

Wright sempre tentou provar que é Satoshi e que seu Bitcoin é a moeda verdadeira. No entanto, ele poderia fazer isso em alguns minutos ao provar que tem acesso às carteiras de Satoshi e a assinatura do criador do Bitcoin.

Ele tenta fazer isso através de campanhas de intimidação judicial e processos contra diferentes nomes envolvidos na comunidade do Bitcoin, muitas vezes tendo como alvo “elos mais fracos” e sem dinheiro para conseguir se proteger de suas ações.

Com quase 4 anos nessa “briga”, Wright poderia ter provado que está certo com apenas 1 minuto, mas ele continua gastando dinheiro com processos milionários contra vários nomes ligados ao Bitcoin.

Se Craig Wright é o criador do Bitcoin, ele precisa provar. Até lá, é fácil entender o ceticismo dos investidores do bitcoin em relação as suas afirmações e o dano que ele está causando na comunidade.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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