O B3 Day que ocorreu na terça-feira (16) apresentou as principais tendências da Bolsa, Brasil, Balcão para 2026, incluindo até a previsão de lançamento de uma stablecoin própria que permitirá a negociação de produtos tokenizados. Além disso, a B3 planeja lançar mais contratos ligados à criptoativos na sessão de derivativos.

Conforme comunicado público da empresa em redes sociais, a B3 planeja se tornar uma referência em tokenização de produtos com DLTs. Ou seja, até o primeiro semestre de 2026 a bolsa brasileira deve avançar sua tecnologia para atrair investidores.
A vice-presidente de Operações da companhia detalhou o processo de modernização que utiliza inteligência artificial e registros digitais distribuídos. Viviane Basso afirmou: “A gente tem implementado inteligência artificial e estamos trabalhando conceitos de uso de DLT e tokenização“.
Viviane completou no evento que “nesse momento, trabalhamos com ativos tokenizados em paralelo com a chamada trad-fi, até chegarmos num ponto com a tecnologia totalmente tokenizada“.
Stablecoin da B3 terá utilidade na liquidação de operações; bolsa se prepara para atender empresas interessadas em tokenizar soluções
A bolsa também anunciou durante o B3 Day a criação de uma stablecoin própria para facilitar os pagamentos dentro desse novo ambiente tecnológico. Essa moeda digital terá seu valor atrelado a uma moeda fiduciária e servirá como ferramenta para todo o ecossistema.
O vice-presidente de Produtos e Clientes, Luiz Masagão, destacou que esse ativo digital viabiliza a liquidação financeira das negociações de tokens. Em sua fala, Masagão confirmou a função da nova stablecoin da bolsa. “Também vamos lançar uma stablecoin da B3, que será uma ferramenta viabilizadora da negociação em tokens“.
A estratégia da companhia foca em atuar como a infraestrutura base para que outros participantes do mercado desenvolvam seus produtos.
O objetivo principal envolve criar uma plataforma robusta para que fintechs e instituições financeiras construam inovações.
A colaboração com diferentes parceiros do mercado aparece como um ponto central para o sucesso dessa implementação tecnológica. O executivo reforçou no evento que já há alguns casos de uso, mas a intenção é a de se tornar uma referência no Brasil.
“Nós vamos trabalhar alguns casos de uso, mas o principal valor é criar uma plataforma para que fintechs e outras instituições utilizem nossa infraestrutura para desenvolver inovação“, destacou Masagão, de acordo com informações do Bora Investir, o blog da B3.
Vale destacar que a tokenização é uma das tendências do mercado financeiro global para 2025. Nos EUA, por exemplo, a Securitize, apoiada pela BlackRock e Morgan Stanley, divulgou sua nova estrutura de tokenização de ações de companhias listadas na bolsa de valores.