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Baleia de bitcoin acorda e move R$ 880 milhões pela primeira vez em 9 anos

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Uma baleia, termo usado para descrever um grande investidor, moveu 6.071 bitcoins nesta quarta-feira (19) após deixar seu investimento parado por mais de nove anos. A movimentação foi capturada pelo Whale Alert.

Na data do depósito, 19 de dezembro de 2013, o Bitcoin era negociado por US$ 553 e a soma estava avaliada em US$ 3,36 milhões. Hoje, cotado a US$ 28.430, o montante é equivalente a US$ 172,6 milhões. Ou seja, uma valorização de 5.000%.

A valorização é ainda maior quando comparado a nossa moeda estatal, o real. Afinal, na época o mercado negociava cada bitcoin a R$ 1.500, mas hoje este valor é de R$ 145.000. Portanto, o investidor transformou R$ 9,1 milhões em R$ 880 milhões, um salto de 9.600%.

Acordou, mas não para vender

Apesar dos ganhos, dados on-chain indicam que a baleia adormecida não tem intenção de vender seus bitcoins. Dos 6.071 bitcoins, 2.071 foram movidos para um endereço multi-sig, escolhido por sua maior segurança.

Já os 4.000 bitcoins restantes tiveram um endereço de troco como destino, ou seja, voltaram para a carteira original do investidor.

Movimentação atípica de baleia adormecida mostra que investidor não tem intenção de vender seus bitcoins. Fonte: Blockchair.

Além de chamar atenção pela quantia e, principalmente, pela paciência do investidor, a transação acima também é um ótimo exemplo para entender um pouco sobre o design do Bitcoin.

Ao contrário de contas bancárias, saldos de Bitcoin não são agrupados por contas, mas sim por UTXO (sigla para transação de saída não gasta). Portanto, este é o motivo de tantos remetentes na transação, apesar de partirem do mesmo endereço.

Ainda sobre os 34 remetentes, 33 deles são transações de poeira, geralmente usados por terceiros para monitorar movimentações e obter outras informações. Como consequência, a transação fica mais pesada por conter mais dados, resultando em taxas maiores.

A parte do troco também revela detalhes interessantes sobre o código. Ao invés de apenas subtrair o saldo enviado, o Bitcoin “apaga” o registro anterior por completo, e gera um novo. Parece uma gambiarra, mas funciona com total segurança.

Por fim, embora a tecnologia do Bitcoin possa nos deixar perplexos, o que realmente chama atenção nessa transação é a paciência do investidor que manteve suas moedas paradas por mais de 9 anos.

Quando o Bitcoin voltar a R$ 165.000, essa baleia voltará a ser um bilionário, assim como foi durante alguns meses de 2021 quando o Bitcoin estava em seu ápice.

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Autor:
Henrique HK