Bali quer proibir uso de criptomoedas como meio de pagamento

Destino popular entre turistas de todo mundo, Bali, uma ilha na Indonésia, está repreendendo o uso de criptomoedas como forma de pagamento após a sua popularização.

A decisão acontece após um jornal indonésio, o Kompas, relatar que diversos estabelecimentos estavam aceitando criptomoedas em seus negócios. Como destaque, a reportagem cita serviços de meditação, aluguel de motos e restaurantes.

As criptomoedas aceitas na região são várias, incluindo Bitcoin, Ethereum e as stablecoins USDT e USDC. No entanto, moedas estrangeiras, como rublo, grívnia, euro e dólar também aparecem como opções.

Governo indonésio não quer que turistas usem criptomoedas como meio de pagamento

Embora as criptomoedas sejam legais na Indonésia, país onde a ilha de Bali está localizada, seu uso como meio de pagamento não é. Ou seja, o comércio deve trabalhar apenas a rúpia indonésia.

Portanto, segundo as leis locais, aceitar criptomoedas ou outra moeda estrangeira pode gerar uma multa de 200 milhões de rúpias, cerca de R$ 67.000, e até mesmo um ano de prisão.

Quanto aos turistas, estes poderão até mesmo ser deportados, comentou Wayan Koster, governador de Bali, sobre o descumprimento da lei.

“As violações estarão sujeitas a sanções administrativas, multas e proibições de transações de pagamento”, disse Koster à mídia local no domingo (28), também notando que reprimirá turistas que “se comportarem de maneira inadequada e realizarem atividades que não são permitidas em seu visto.”

Finalizando, notou que a multa pode variar entre 50 milhões e 22 bilhões de rúpias indonésias (R$ 17.000 a R$ 7,4 milhões) e o tempo de prisão pode chegar a até 5 anos.

Caso ocorrido no Marrocos serve de aviso

Em 2021, um empreendedor francês comprou uma Ferrari pagando em Bitcoin em sua passagem pelo Marrocos. No entanto, assim como na Indonésia, o uso de moedas estrangeiras como meio de pagamento é ilegal no Marrocos.

Poucos meses depois, em dezembro daquele ano, Thomas Clausi foi condenado a pagar uma multa de 3,4 milhões de euros (R$ 18,2 milhões) e passar 18 meses na prisão. Embora sua defesa alegue que o francês nem sequer teve direito a um tradutor em seu julgamento, o jovem de 21 anos precisou cumprir sua pena.

Portanto, embora as criptomoedas possam ser úteis e convenientes, principalmente para turistas, o caso acima é um lembrete de que leis locais precisam ser obedecidas.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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