Se nos últimos dias o Banco Central da Rússia ganhou manchetes pela pressão sobre as criptomoedas, os ventos parecem balançar em novas direções, uma vez que o BC liberou para um bilionário do país a emissão de seu próprio token.
De fato, a Rússia mostrou, através de agências governamentais, que o mercado de criptomoedas iria fechar no país. Utilizar as moedas digitais como meio de pagamento foram ameaçadas de serem consideradas “fora da lei”.
Contudo, o homem mais rico do país foi atrás do Banco Central de modo a criar seu próprio token. Vladimir Potanin, recentemente alçado a homem mais rico da Rússia pela Forbes, ganhou o direito da emissão.
Bilionário é liberado pelo Banco Central da Rússia a emitir criptomoeda
De acordo com o Bitcoinist, um bilionário obteve a liberação para emissão de um token na Rússia. Considerado o homem mais rico, Vladimir Potanin expõe o país que estaria considerando banir as criptomoedas.
Com uma fortuna estimada em U$ 30 bilhões, Potanin é sócio de uma das maiores empresas de mineração, a MMC Norilsk Nickel. Segundo um portal de notícias russo, o bilionário conseguiu chegar a primeira posição no início de fevereiro.
Contudo, nos últimos dias o Banco Central da Rússia e o Serviço Secreto (FSB) estavam planejando banir as criptomoedas. O Baza, portal de notícias local, afirmou que a posição do BC era que as criptomoedas devem ser proibidas. O FSB, entretanto, acredita que o melhor é legalizar e regulamentar o mercado na Rússia, uma vez que a proibição leva as pessoas para “às sombras”.
Mesmo com o cenário incerto, Vladimir Potanin quer aumentar a visibilidade da sua plataforma blockchain. Ao lançar tokens, seus clientes poderão comprar passagens aéreas, metais, entre outros. As informações são do Bitcoinist.
Liberação do BC para bilionário ameniza incertezas?
A liberação do Banco Central feita para Vladimir Potanin pode sim amenizar as incertezas sobre as criptomoedas na Rússia. Isso porque, a plataforma blockchain Atomyze, de propriedade de Vladimir, irá lançar tokens que poderão ser utilizados como meio de pagamento.
Ou seja, o que o BC e FSB queriam banir, ainda no último dia 18 de fevereiro, parece ter recuado com este anúncio. Os tokens da plataforma Atomyze estarão disponíveis para clientes do mundo todo, inclusive Suíça e EUA. Clientes comprarão tokens lastreados em metais que a empresa MMC Norilsk Nickel minera.
A plataforma da Atomyze possui sede na Suíça, com sua tecnologia construída em cima do Hyperledger Fabric, da IBM. Além disso, a emissão de tokens lastreados em paládio, cobre e cobalto será feita de forma inédita pela empresa.
Por fim, cabe o destaque que o criptomercado continua de olho nas ações da Rússia em relação às criptomoedas. A garantia dada para Vladimir emitir seus tokens ainda terá que passar pela lei que a Rússia está desenvolvendo, ou seja, a emissão, que já possui aval do Banco Central, poderá demorar mais alguns meses.
Em nota nesta terça (25), o CEO da Atomyze, Marco Grossi, afirmou que o processo de digitalização de tokens é fundamental para a criação dos novos mercados digitais. Vladimir informou que o BC testou a Atomyze por quatro meses antes da liberação definitiva.
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