Dias antes do Banco Central da China alertar sobre o Bitcoin, a autoridade equivalente em Cuba também liberou uma nota informativa no país sobre o crescimento de golpes com criptomoedas.
Tais golpes estariam sendo aplicados por empresas fraudulentas, que se apresentam como oportunidades de enriquecimento rápido. Além disso, já foram criadas estruturas de recrutamento para os golpes, causando problemas entre investidores.
Nos últimos dias, no aeroporto de Havana, capital da ilha, um famoso líder de um esquema em Cuba acabou sendo preso quando tentava fugir. Esse golpe teria sido aplicado em vários países, inclusive no Brasil.
Seis empresas foram identificadas ao aplicar golpes com Bitcoin em Cuba, BC alertou população
As criptomoedas têm sido apresentadas a muitos investidores nos últimos meses. Com o setor aquecido, golpistas se aproveitaram do momento para disseminar falsas esperanças em iniciantes do mercado.
Um dos golpes mais comuns a ganhar força acabou sendo a clássica pirâmides financeira, velha conhecida pelas características sempre presentes, como rentabilidade alta e fixa, e ganhos sobre recrutamento.
Esta modalidade de golpe acabou atingindo um país que é fechado para o comércio mundial, que já se mostrou ciente do problema. Em nota informativa publicada como alerta pelo Banco Central de Cuba, há um crescimento de golpes envolvendo criptomoedas.
Na publicação, o BCC informou até os golpes já são comuns no resto do mundo, mas cresceu nos últimos meses no local.
“Essa operação é semelhante ao que é conhecido como esquema multinível ou pirâmide, também chamado de esquemas de Ponzi; aquelas que quase sempre apresentam aos seus clientes a necessidade de recrutar mais pessoas para o crescimento do negócio. Essa é precisamente a essência do esquema, atrair novos “investidores” para pagar com seu dinheiro os retornos prometidos aos investidores anteriores.
Seu sustento está no crescimento exponencial do número de investidores capturados, o que não é possível manter no longo prazo. Existem inúmeras experiências internacionais deste tipo de golpes que culminam no colapso do esquema e na perda do patrimônio dos investidores, que se tornam vítimas.”
Principais empresas fraudulentas já foram identificadas, nenhuma tem licença para operar em Cuba
Em nota, o Banco Central de Cuba informou até o nome das empresas que já foram identificadas no país que estariam cometendo crimes contra a população.
“Entre as supostas empresas internacionais que se dedicam a este tipo de atividades e que são promovidas em Cuba estão: MIND CAPITAL, MIRROR TRADING, ARBISTAR, TRUST INVESTING, QUBIT LIFE / QUBIT TECH, X-TORO, entre outras.”
A partir deste anúncio, o Banco Central de Cuba informou que não aconselha nenhuma pessoa a se envolver com esses negócios. Nenhum deles, inclusive, teria licença para operar na ilha.
“O Estado cubano não promove nem aprova o funcionamento deste tipo de “empresas”. Nenhum deles possui licença para operar em território nacional. O Banco Central de Cuba, como autoridade monetária e regulador do sistema financeiro, aconselha o público a não se envolver em operações desta natureza.”
Recentemente, assim como a Venezuela, Cuba passou a analisar a aplicação das criptomoedas na economia do país. Um dos motivos seria os embargos norte-americanos contra o governo cubano, que é impedido de negociar com outros países há vários anos.
