Banco Central diz que Drex, o Real Digital, não é centralizado

Araújo destacou que setor de criptomoedas é escolhido por brasileiros por conta da facilidade de investimento, algo que o Drex almeja alcançar para promover ativos tradicionais.

Fábio Araújo, líder do Drex no Banco Central do Brasil, participou da conferência Criptorama nesta terça-feira (19) em São Paulo. Como destaque, o economista disse que o Drex, o Real Digital, é um projeto descentralizado.

Ao longo de sua fala, Araújo também citou que o BC não tem nada contra o ambiente de criptomoedas e que os cidadãos são livres para escolher qual mercado preferem, mas que estarão regulando esse setor para garantir sua segurança.

“A visão de que o Drex é centralizado, eu tendo a discordar disso. Pelo menos, o que a gente tá tentando construir é um ambiente centralizado dentro dos participantes financeiros.”

Explicando sua fala, Araújo nota que “os participantes operam nós” e que “as informações dos participantes não estão centralizadas no Banco Central”, incluindo dados pessoais ligados a processos de KYC.

“Se você está satisfeito com pseudo-anonimidade, por exemplo, o BC não teria como saber o que está acontecendo com a rede.”

Seguindo, nota que soluções como ZKP (Zero-Knowledge Proof — prova de conhecimento zero) sobre o Drex fariam com que o Banco Central soubesse ainda menos informações sobre “quem está fazendo o que”.

“Quem tem como reconciliar essa informação é o banco, da mesma forma que hoje”, continuou Araújo. “A gente, pelo menos, não ta centralizando mais do que existe hoje.”

Ainda em fase de testes, o Drex já conta com diversos casos de uso explorados por empresas, incluindo diversos bancos e corretoras. Para alguns críticos, a CBDC brasileira é algo “demoníaco”. Não há informações sobre a data de lançamento ao público.

Voltando a Araújo, o economista do BC afirma que eles “não tem nada contra o mercado de cripto” e apenas estão usando sua tecnologia para prestar serviços para a população.

“Quem prefere o mercado financeiro descentralizado, quem prefere o mercado cripto, é da preferência da pessoa, do business dela. Isso também vai ser regulado, a gente tá trabalhando para garantir a segurança dentro desse ambiente.”

Em relação ao Drex, o economista citou que o BC está trabalhando em questões de privacidade, confiabilidade, componibilidade dos serviços e a velocidade das transações.

“Poupança, bets e depois criptomoedas”, analisa coordenador do Drex no banco central

Embora o Pix, também criado pelo BC, tenha sido um sucesso, o Drex já criticado por seu código permitir o congelamento de saldos, lembrando muitos do confisco da poupança durante o governo do ex-presidente Fernando Collor.

Portanto, o BC precisa ganhar a confiança do povo caso queira emplacar um novo produto de sucesso.

“Um estudo da ANBIMA, que saiu no começo do ano, mostrou que basicamente o brasileiro investe na poupança, em segundo lugar em bet, que tá sendo amplamente discutido, em terceiro lugar cripto.”

“E aí o mercado de capital e os títulos públicos tradicionais tão lá pra quarto, quinto, sexto lugar. Por que o cripto tem essa vantagem? Um ponto fundamento do mercado cripto é a experiência do usuário. É simples você chegar lá, comprar sua criptomoeda”, continuou Araújo. “Esse ambiente que a gente ta construindo, é pra trazer essa facilidade para as pessoas.”

Deixando as críticas de lado, o Drex promete revolucionar o sistema financeiro do país, permitindo que cada vez mais pessoas tenham acesso fácil a diferentes formas de investimento. Indo além, outro ponto destacado seria a competição entre os players do mercado, resultando em melhores recompensas e taxas aos brasileiros.

Ganhe um bônus de R$ 100 de boas vindas. Crie a sua conta na melhor corretora de criptomoedas feita para Traders Profissionais. Acesse: bybit.com

Entre no nosso grupo exclusivo do WhatsApp | Siga também no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e Google News.

Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

Últimas notícias

Últimas notícias