O Banco Central do Brasil marcou mais um evento para discutir as inovações sobre o Real digital, moeda digital brasileira que deverá ter contratos inteligentes.
No último ano, o Bacen já havia criado um grupo de trabalho para discutir as inovações que eram esperadas com o novo dinheiro brasileiro, que poderá começar a substituir as moedas em espécie. Com servidores do banco central, as diretrizes do projeto de CBDC brasileiro foram divulgadas em março de 2021.
Após essa divulgação, o banco central divulgou várias datas para eventos abertos a participação da sociedade, que explicarão melhor os termos e o que pode chegar no futuro. Dividas em sete datas, o quarto evento está agendado para essa semana.
Banco Central do Brasil organiza evento sobre o Real digital para falar sobre algumas diretrizes da moeda
Na próxima quinta-feira (30), o Banco Central do Brasil fala sobre o Real digital em mais um de seus webinar, que terá como temas “Smart contracts, IoT e dinheiro programável”. Este evento será transmitido no canal do YouTube da autarquia, das 11 às 12 horas.
Esse é o quarto evento promovido pelo BCB para discutir inovações que pretende lançar nos próximos anos, na chamada agenda de desenvolvimento. De fato, o Real digital deverá chegar apenas após o fim da implantação do Open Banking e PIX, outras novidades que o mercado ainda está se adaptando.
De acordo com o Bacen, neste evento “os painelistas discutirão os potenciais, a viabilidade e as possíveis metodologias de integração de soluções de programabilidade no real digital, bem como soluções alternativas de fomento à inovação“.
Como informou em outras ocasiões até o próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o novo dinheiro brasileiro deverá ser mais que uma inovação, visto que a ambição da autarquia é permitir que a moeda seja inteligente, com contratos sendo uma das bases dessa inovação.
Uma das convidadas é ligada ao ecossistema Ethereum
Os convidados a participar dessa mesa redonda foram Shailee Adinolfi, Diretora de Contas e Vendas Estratégicas da ConsenSys, Luís Kondic, Diretor de Produtos Listados e Dados da B3, e Marcos Viriato, CEO da Parfin.
No caso da ConsenSys, a comunidade de criptomoedas já conhece a empresa, ligada ao desenvolvimento de contratos inteligentes em Ethereum, que pode ser uma das tecnologias observadas hoje pelo Banco Central do Brasil.
Essa empresa comercializa soluções em blockchain também, mas não está claro se a autarquia brasileira pretende comprar alguma solução ou se só estuda o ambiente de inovação.
Outra convidada, a Parfin, é uma empresa criada por sul-americanos para conectar as finanças tradicionais com digitais. Já a B3, outra que terá um representante, é a bolsa de valores brasileira que já lista alguns produtos de criptomoedas, como fundos e ETFs.
A discussão será mediada pelo consultor do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BCB, Mardilson Queiroz.