Em nota publicada nesta terça-feira (16), Eric Balchunas, especialista em ETFS da Bloomberg, divulgou os 30 maiores detentores do ETF de Bitcoin da BlackRock, o IBIT. Para surpresa de muitos, Banco do Brasil e BTG Pactual aparecem na lista.
Balchunas aponta que essas 30 instituições são responsáveis por apenas 0,2% do IBIT. Ou seja, nem todas as instituições relataram seus investimentos até o momento, o que pode mudar a tabela no futuro. De qualquer forma, ele destaca que há muitos investidores de varejo no mercado.
“Uma análise atualizada dos detentores de IBIT mostra que há cerca de 30 deles até agora (principalmente fundos e consultores), representando 0,2% das ações emitidas, o que significa que isso é apenas a pontinha do iceberg”, comentou Balchunas.
Seguindo, o analista nota que há muitas instituições ‘testando à água’, ou seja, realizando pequenos aportes quando comparado ao montante total administrado por elas. No caso do BB, sua participação seria de US$ 1,59 milhão (R$ 8,36 milhões) e no caso do BTG de apenas 272 mil dólares (R$ 1,43 milhão).
Na lista também aparecem os bancos VP Bank, de Liechtenstein, e o Old National Bancorp, dos EUA, além de diversos fundos de investimento.
Segundo os dados mais recentes, o ETF da BlackRock já detém 270.055 bitcoins (R$ 89 bilhões), sendo o segundo maior do mercado atrás apenas do GBTC da Grayscale (299.212 BTC).
Por que o Banco do Brasil está comprando Bitcoin?
Em comunicado de 2022, o Banco do Brasil anunciou a criação de um fundo de criptomoedas para investidores qualificados. Portanto, as compras no IBIT podem representar uma crescente demanda do mercado por Bitcoin.
“O mercado de cripto ainda é novidade para muitos investidores, mesmo entre os qualificados, por sua especificidade, além da alta volatilidade. Mas, ao mesmo tempo, é nesse cenário que podem surgir oportunidades para aqueles que topam assumir um pouco mais de risco em parte do seu portfólio”, disse Eduardo Villela, gerente executivo de Captação e Investimentos do BB, nesta antiga publicação.
De qualquer forma, vale lembrar que existem ETFs de Bitcoin no Brasil, como HASH11, BITH11 e QBTC11, que poderiam servir como ponte para o BB.
Já a aparição do BTG Pactual entre os maiores detentores do ETF de Bitcoin da BlackRock não causa nenhum espanto. Afinal, o banco já possuí exposição ao mercado de criptomoedas há anos. Além disso, também possui a sua própria corretora de Bitcoin, a Mynt.
Por fim, a tendência é global. Afinal, o maior banco estatal da Alemanha revelou nesta segunda-feira (15) que estará oferecendo serviços de compra e custódia de Bitcoin aos seus clientes nos próximos meses. O mesmo acontece nos EUA à medida que a demanda pela criptomoeda só aumenta.