O Banco Central Europeu (BCE) registrou a marca Euro Digital, mostrando que o desenvolvimento de uma moeda nova no bloco está avançando.
De acordo com a Bloomberg, o registro é válido e foi confirmado por um porta-voz do BCE. Desse modo, fica claro que o Euro, assim como Dólar, Yuan e até o Real, deverá chegar em uma versão digital em breve.
Todos os bancos centrais do mundo já avaliam esse lançamento, inclusive o brasileiro. O potencial de adoção a essa tecnologia é alto na visão dos mandatários e deve ser um movimento conjunto para frear a ascensão de moedas públicas como o Bitcoin.
O BCE registrou a marca Euro Digital e confirmou que há estudos em andamento
A divisa Euro é a moeda oficial do bloco de países Europeu, formado por grandes potências mundiais. Essa moeda começou a circular de fato na região em 2002, ou seja, tem apenas 18 anos desde sua fundação.
No entanto, com a evolução do dinheiro, o Euro já recebe concorrentes de peso. Com as criptomoedas, por exemplo, moedas fiduciárias passam por enorme descrédito.
Desse modo, para enfrentar às criptomoedas, Bancos Centrais estudam o lançamento de suas divisas digitais. O Banco Central Europeu é um dos que está nessa frente, de olho nos chamados CBDCs.
De acordo com a Bloomberg, o BCE pediu o registro da marca Euro Digital no último dia 22 de setembro. A informação foi confirmada por um porta-voz do BCE, que afirmou que estudos sobre o Euro Digital estão em andamento.
Nas últimas semanas, a presidente do BCE, Christine Lagarde, já havia comentado o tema. Para ela o Euro Digital deverá ser um complemento na zona do Euro, não uma substituição do dinheiro.
Ou seja, o registro de marca ainda não coloca o Euro Digital como definido, mas o BCE avança a discussão.
Inflação na zona do Euro tem preocupado e estímulos podem seguir
O Euro é uma moeda inflacionária e o Banco Central Europeu tem a missão de manter o cenário. Contudo, a inflação na zona do Euro tem ficado abaixo do esperado pela autoridade monetária.
A meta da inflação do BCE é de 2%, sendo que o núcleo caiu a 0,4% de 0,6%. Esse recuo de 0,2% pressiona a atuação do BCE na região.
De acordo com a Reuters, isso é reflexo dos preços ao consumidor, que aceleraram na região em setembro. Esse cenário aumenta a pressão para que o BCE mantenha estímulos, ou seja, imprima dinheiro.
Com a pandemia do novo coronavírus a autoridade já havia emitido grande quantidade de estímulos. No entanto, a região está assolada com alto desemprego e a população aumenta a quantidade da poupança.