Masayoshi Son, o fundador e CEO do gigante conglomerado multinacional japonês SoftBank Group, conseguiu perder milhões comprando Bitcoin na alta e vendendo na baixa. O bilionário e filantropo japonês de 63 anos falou recentemente sobre seu pesar, especialmente infortúnios financeiros, durante a conferência DealBook do The New York Times.
Dentre os diversos arrependimentos, está a perda de se tornar um dos primeiros investidores na Amazon, já que Jeff Bezos ofereceu a ele 30% da empresa antes de abrir o capital.
Ele também aprendeu lições valiosas com decepções, como investir bilhões na WeWork, cujos planos de abrir o capital logo fracassaram.
Curiosamente, o japonês conseguiu perder dinheiro com Bitcoin, a moeda que não para de valorizar desde 2009.
Prejuízo de R$ 268 milhões em Bitcoin: “era uma distração”
Durante seu discurso ele disse que comprou cerca de $ 200 milhões em Bitcoin no final de 2017, após ser aconselhado a alocar 1% de seu portfólio na criptomoeda, a sugestão veio de um amigo.
Mas a alta volatilidade do mercado se tornou uma distração para ele, que acabou vendendo os Bitcoins com um prejuízo de cerca de $ 50 milhões (R$ 268 milhões).
Masayoshi falou também que não “entendia” totalmente o Bitcoin, apesar de apostar milhões de dólares. Ele observou ficava cinco minutos por dia olhando os preços.
“Eu olhava o preço todos os dias. Eu pensei, ‘isso não é bom’. Isso é algo que não entendo. Isso está distraindo meu foco em meu próprio negócio”, disse o bilionário japonês. “Então eu vendi por qualquer preço, talvez eu tenha perdido $ 50 milhões, não sei… me esqueci.”
Um relatório do Wall Street Journal sugere que as perdas de sejam maiores, ficando perto de $ 130 milhões. Mesmo assim, Masayoshi está feliz, ele disse na conferência que as moedas digitais “não vão desaparecer tão cedo”.
O preço do bitcoin vem subindo recentemente, ultrapassando $ 18.000 e R$ 100 mil no Brasil, mas mesmo assim Masayoshi disse que não quer se envolver mais com algo que não entende.
“Talvez vale mais do que o preço que vendi, mas me sinto muito melhor porque pelo menos não tenho que me concentrar em algo que não entendo”.