Apesar de ser um investidor do bitcoin, Ray Dalio criticou a moeda digital em um programa que estuda os bilionários. Em sua fala pública, ele deixou claro que confia na tecnologia blockchain, apesar do ceticismo com as criptomoedas.
Ray Dalio é um investidor, filantropo e autor americano, fundador da Bridgewater Associates, uma das maiores e mais bem-sucedidas empresas de investimento do mundo.
Durante sua participação no We Study Billionaires, ele conversou sobre sua visão de investimentos diversos com o apresentador William Green, programa publicado no último sábado (18).
Ray Dalio critica o bitcoin e diz que gosta da blockchain
Ray Dalio comentou rapidamente e um pouco contrariado sobre sua visão sobre o bitcoin. Inicialmente, ele tentou evitar o assunto, mas William Green pediu que o bilionário compartilhasse o que pensa sobre o mercado.
Ao falar sobre, ele disse que é um fã da blockchain, embora não goste muito do bitcoin, que ele acredita representar o mercado de criptomoedas.
“Existe uma tecnologia chamada blockchain, que eu acho uma excelente tecnologia. E acho muito importante distingui-la de uma moeda digital. E se estamos lidando com moedas digitais, vamos usar o Bitcoin como exemplo.”
Mostrando entender do assunto, Ray Dalio declarou que o mercado cripto tem moedas estáveis, entre outros modelos de moedas. Em sua opinião, tudo isso surgiu por culpa dos bancos centrais, que emitiram muito dinheiro e forçou a população a procurar por alternativas.
Mesmo assim, ele acredita que a alta volatilidade do mercado é ruim para proteger um patrimônio da inflação. Ou seja, não são boas reservas de valor.
Além disso, como o bitcoin tem seu market cap de apenas um 1/4 de valor que as ações da Microsoft, Dalio chamou a moeda de pequena e irrelevante, indicando que existem outros ativos de proteção melhores no mercado para o futuro.
“Você quase não tem nada para pendurar seu chapéu e provavelmente o bitcoin é minúsculo agora, com um valor total de talvez um quarto das ações da Microsoft e assim por diante. Então, isso se torna uma preocupação das pessoas que é desproporcional à sua verdadeira realidade. Quero dizer, por que estudar isso sendo que há tantas coisas e tantos investimentos diferentes que você pode estudar e são como reservas de valor?”
“Bitcoin não é privado e devem surgir moedas privadas melhores”, diz Dalio
Atacando outro fundamento do bitcoin em sua fala recente, o bilionário Ray Dalio declarou que a moeda digital não é privada. Segundo ele, há uma rastreabilidade fácil na rede, que o impede de se tornar um bom meio de troca.
“Não há privacidade nisso. Pode haver privacidade do público, mas você sabe, é muito fácil. É todo mundo rastreando o que você está fazendo e assim por diante, então não é privado e, como meio de troca, não é muito eficaz. Não é como se você pudesse ir lá facilmente comprar coisas com ele. Você pode comprar algumas coisas com ele, mas não muito. Portanto, não seria minha reserva de riqueza favorita.”
Além da suposta falta de privacidade, Ray Dalio declarou que o bitcoin é uma moeda privada que deve acabar no futuro. De acordo com o bilionário, o surgimento de uma nova tecnologia melhor deve acontecer, moeda esta que teria seu valor oscilando com a inflação.
Por fim, Dalio ainda declarou que NFTs e outras criptomoedas são apenas modismos que vêm e vão, não devendo ter um futuro muito seguro.
“Quer dizer, eu possuo um pouquinho disso só para experimentar como é, mas eu acho que com o tempo haverá algo melhor em moedas digitais. Como eu acredito que você pode ter uma moeda digital que lhe dará o equivalente à taxa de inflação E isso é poder de compra. porque acredito que a maioria das moedas são mais instrumentos mortos, que são como eu digo, há uma promessa de receber moeda durante a duração delas. Acho que elas terão retornos ruins em relação à inflação, onde acho que você poderia obter algo que seria uma boa moeda digital, mas eles não a têm agora e muitas coisas vêm e vão como modismos, você sabe NFTs e você conhece esta moeda e aquela moeda e assim por diante. Enfim, é o que eu penso sobre isso.”