PF deflagrou operação em várias cidades (Foto/Divulgação)
A corretora Binance e a empresa de rastreio de criptomoedas TRM Labs, por meio do consórcio T3 FCU, participaram da Operação Lusocoin deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (24), ajudando a recuperar R$ 22,5 milhões em USDT.
De acordo com informações divulgadas pela PF nesta quarta, a organização criminosa tinha suas operações remotas controladas a partir de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O grupo é suspeito de praticar a lavagem de dinheiro e evasão de divisas por meio de criptomoedas. A prática criminosa ajudou grupos vinculados ao tráfico de drogas, contrabando e descaminho, além de financiamento ao terrorismo indicou a investigação.
Com autorização da justiça federal em Santa Maria (RS), a Operação Lusocoin ocorreu na manhã desta quarta nas cidades de Pelotas (RS), Florianópolis e São José (SC) e Dourados (MS). A expectativa de PF é a de bloquear mais de R$ 3 bilhões em patrimônio do grupo investigado por crimes.
“As medidas judiciais foram cumpridas em Pelotas/RS, Florianópolis/SC, São José/SC e Dourados/MS. Além disso, estão sendo bloqueadas contas bancárias de 65 pessoas físicas e jurídicas, sequestrados 6 veículos e 6 imóveis, bem como o congelamento de, aproximadamente, 30 carteiras de criptoativos, além de ativos existentes junto a exchanges“, diz a nota da polícia.
A investigação aponta que o grupo começou suas atividades ainda durante a pandemia, se expandindo rapidamente.
Agentes da PF acreditam que o grupo movimentou mais de R$ 50 bilhões durante todo o seu tempo de atuação. Não há nenhuma menção a prisão de alguma pessoa nos endereços pela autoridade.
Também não está claro se as carteiras congeladas pela PF são as mesmas onde foram encontrados os valores em USDT, visto que a Tether participa do T3 FCU e costuma colaborar com autoridades em casos de investigações criminais.
De qualquer forma, a nova operação acaba com mais uma organização criminosa atuando com criptomoedas no Brasil.
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