Em sua mais nova autoprova de reservas, a Binance declarou que tem 616 mil bitcoins em sua posse, sendo 588 mil BTCs pertencentes aos seus clientes.
Com isso, a corretora considerada por muitos como a maior em volume no mundo tem uma proporção de 104% de bitcoins em seu balanço. A auditoria própria da Binance tem buscado mudar a imagem da exchange para seus clientes.
Já em Ethereum, a Binance divulgou ter 3,8 milhões de Ethers, com 4,1 milhões de ETH totais em sua posse, o que coloca uma reserva de 107% dos valores.
Em Tether com a maior stablecoin em volume diário, a corretora divulgou ter 15 bilhões de USDT pertencentes aos clientes, além de 18 bilhões de USDT totais, com 118% de reservas.
A Binance é uma das corretoras que sobreviveu ao colapso do mercado de criptomoedas em 2022, quando a FTX faliu e arrasou a confiança dos investidores. Desde então, muitas corretoras tentaram contratar auditorias para comprovar suas reservas, mas empresas evitaram se associar ao mercado cripto.
Com uma situação delicada, a Binance tem alegado que a prova em blockchain é segura e a última divulgação ocorreu no dia 1 de outubro de 2023.
Qual a importância de apresentar a prova de reservas de bitcoin em corretoras?
O lugar correto de custodiar bitcoin não é em corretoras, como diria um famoso provérbio do mercado: “não é sua chave, não é sua moeda”. Mas como muitos ainda não se conscientizaram sobre o uso de carteiras de bitcoin corretamente, acabam deixando valores parados nas corretoras, confiando em seus serviços.
Dessa forma, a apresentação de provas de reservas é uma maneira de demonstrar transparência e credibilidade. Isso ajuda a construir a confiança dos clientes nas corretoras, uma vez que eles podem verificar que seus fundos estão de fato sendo mantidos em custódia e não sendo usados de maneira inadequada.
Além disso, com provas de reservas, os clientes possuem uma medida de segurança extra para garantir que seus ativos estão seguros e que a corretora possui tudo o que afirma possuir.
Vale lembrar ainda que alguns países, as corretoras de criptomoedas estão sujeitas a regulamentações e leis que exigem que elas relatem suas reservas e demonstrem que estão em conformidade com as regras financeiras. Isso pode incluir auditorias regulares e até segregação patrimonial, para não misturar ativos de clientes com os da própria empresa.
Após o ano de 2022, com o colapso de várias corretoras de criptomoedas, reguladores ligaram o alerta para empresas, inclusive com regulações novas.