BIS declara guerra contra criptomoedas: “não servem como dinheiro”

O relatório afirma que as criptomoedas têm falhas estruturais que as tornam inadequadas para desempenhar um papel significativo no sistema monetário.

O Banco de Compensações Internacionais (BIS), conhecido também como ‘Banco central dos bancos centrais’, apresentou recentemente um relatório aos ministros das finanças das 20 maiores economias do mundo (G20).

No documento de 30 páginas, o BIS apontou falhas no ecossistema de criptomoedas e afirmou que elas não devem ser usadas como dinheiro.

De acordo com o BIS, as principais falhas das criptomoedas são a alta fragmentação e congestionamento da rede, altas taxas, falta de transparência, consistência e confiabilidade nos dados, além da pseudoanonimidade que dificulta a identificação dos investidores e a grande quantidade de transações off-chain.

Criptomoedas não servem como dinheiro

O BIS afirma que, até agora, “as criptomoedas falharam em aproveitar a inovação para o benefício da sociedade”, ou seja, embora elas tenham oferecido elementos de inovação genuína, como a programabilidade e a composabilidade, elas “não financiam atividades econômicas reais”.

O relatório ainda afirma que as criptomoedas têm falhas estruturais que as tornam inadequadas para desempenhar um papel significativo no sistema monetário.

O BIS também discute maneiras de abordar essas falhas estruturais e riscos associados ao ecossistema de criptomoedas, incluindo a necessidade de regulamentação e supervisão adequadas.

“A criptomoeda permanece amplamente autorreferencial e não financia a atividade econômica real”, disse. “Falhas estruturais inerentes o tornam inadequado para desempenhar um papel significativo no sistema monetário.”

O relatório também destaca que, apesar da ideologia original de descentralização, muitas criptomoedas e plataformas DeFi apresentam centralização substancial, o que pode introduzir vários problemas.

Colapso da TerraUST

O relatório do BIS cita o colapso da criptomoeda TerraUSD (UST) como um exemplo de fragilidades nas criptomoedas, destacando que o uso da falida stablecoin cresceu rapidamente em 2021-2022, tornando-se a terceira maior do mercado, com uma capitalização de quase US$ 19 bilhões antes de seu colapso.

O BIS então descreve como, em maio de 2022, o valor do UST despencou para quase zero, e uma dinâmica clássica de corrida de saques começou, com investidores buscando resgatar seus fundos.

Os usuários queimaram seus UST em grande escala para receber a novo Luna, na esperança de vender a moeda enquanto ainda tinha algum valor.

No entanto, dada a magnitude e a velocidade do colapso, a confiança evaporou, o que significa que não havia partes suficientes dispostas a comprar todas as novas moedas Luna recém-criadas — e assim o preço do Luna desabou.

O colapso do UST/Luna também afetou a maior stablecoin, Tether, que caiu para um valor de US$ 0,95 antes de se recuperar.

O relatório destaca que as stablecoins, como o TerraUSD, dependem da credibilidade da unidade de conta do banco central e podem representar riscos para a soberania monetária.

Também afirma que as stablecoins são vulneráveis a corridas bancárias e outros riscos, como a falta de transparência e confiabilidade nos dados. O relatório do BIS discute maneiras de abordar esses riscos e fragilidades nas stablecoins, novamente pedindo regulamentação e supervisão.

Por fim, embora as criptomoedas tenham atualmente mais de 420 milhões de investidores em todo mundo e continuem a ganhar adoção, o BIS afirma que elas falharam e ser uteis e benéficas para a sociedade, chamando-as de inúteis como dinheiro.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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