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BIS libera diretrizes relacionadas a exposição de bancos a criptomoedas

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Intitulado Tratamento Prudencial de Exposições a Criptoativos (em tradução literal), o documento apresentado pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS) na última sexta-feira (16) apresenta novas diretrizes relacionadas a exposição de bancos a criptomoedas.

Conhecido como o “banco central dos bancos centrais”, o BIS manteve os números apresentados em junho deste ano. Ou seja, bancos poderão ter até 1% de exposição a criptomoedas como Bitcoin.

Entretanto, vale notar que o número aumenta para outros ativos, como stablecoins 100% lastreadas. Neste caso, a exposição máxima passa a ser de até 2%.

“O Comitê de Basileia publicou um padrão prudencial global para exposições de bancos a criptoativos, segundo o qual criptoativos e stablecoins não lastreados com mecanismos de estabilização ineficazes estarão sujeitos a um tratamento prudente conservador.”

Entendendo a classificação do BIS

No texto, o Comitê de Basileia divide as criptomoedas em dois grupos. O primeiro deles é composto por ativos de menor risco, como stablecoins com 100% lastreadas. Já o segundo contém ativos sem lastro, como Bitcoin, Ethereum e a maioria das criptomoedas.

“A exposição total de um banco aos criptoativos do Grupo 2 não deve exceder 2% do capital de Nível 1 do banco e geralmente deve ser inferior a 1%”, aponta o BIS no documento publicado.

Estrutura proposta pelo BIS sobre exposição de bancos a criptomoedas. Fonte: Reprodução.

Caso bancos ultrapassem este limite, poderão ter um novo limite de até 2%, mas serão rebaixados. Caso este novo limite seja quebrado, os mesmos sofrerão mais punições.

Finalizando, o BIS sugere que reavaliará tais porcentagens conforme o mercado de criptomoedas evolui. Ou seja, o comitê parece estar confortável com esta nova era do dinheiro.

Bancos já possuem bilhões em Bitcoin

Em estudo realizado pelo BIS em setembro deste ano, o Comitê apontou que os maiores bancos do mundo já possuíam US$ 9 bilhões (R$ 48 bilhões) em criptomoedas. Na data, a maioria era composta por Bitcoin, seguido por Ethereum, as duas maiores do mercado.

Por fim, a nova classificação das criptomoedas por grupos também deve acelerar a regulamentação global das mesmas e acelerar sua adoção. Afinal, até então bancos estavam operando sem diretrizes.

Quanto aos investidores mais otimistas, estes acreditam que o Bitcoin possa integrar até mesmo o caixa de bancos centrais, assumindo o mesmo papel do ouro. Entretanto, até o momento nenhum grande país assumiu este risco.

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Autor:
Henrique HK