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Bitcoin acompanha resgate ao Credit Suisse, aumento de juros pelo BCE e pressão sobre o Fed

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Em nota publicada nesta quarta-feira (15), o Banco Central da Suíça (SNB) afirma que “os problemas de alguns bancos nos EUA não representam um risco direto de contágio para os mercados financeiros suíços.” No entanto, a mesma nota aponta que o SNB liberou uma linha de crédito equivalente a R$ 284 bilhões ao banco Credit Suisse.

Embora muitos acreditassem que essa crise bancária fizesse com que bancos centrais parassem com o aumento dos juros, o Banco Central Europeu (BCE) manteve sua postura nesta quinta-feira (16), elevando a taxa em 0,5%.

Portanto, a decisão do BCE pode servir de guia para o Banco Central dos EUA. Afinal, embora muitos pensem que Jerome Powell esteja propenso a baixar a taxa de juros, o presidente do Fed pode manter sua estratégia agressiva. Portanto, isso pode afetar o Bitcoin negativamente.

Crise bancária continua nos EUA e chega a outros países

Ações de bancos regionais seguem em queda forte nos EUA, sugerindo que outros bancos podem ter o mesmo destino do Silicon Valley Bank, Silvergate e Signature.

Nos gráficos mensais, as ações do First Republic Bank estão em queda de 83,5%, maior que a queda do próprio SVB. Já outros bancos apresentam baixas que variam entre 24% e 48%.

Setor financeiro sobre forte pressão nos EUA, principalmente bancos regionais. Fonte: Finviz.

Até mesmo gigantes como JPMorgan, Bank of America, Wells Fargo e Citigroup estão em apuros. Mostrados no canto inferior esquerdo da imagem acima, as ações destes quatro bancos apresentam perdas de até 20,4%.

Não fossem os nomes, poderíamos até confundir com o mercado de criptomoedas durante seus períodos de baixa.

Já na Europa, o Credit Suisse precisou recorrer a uma linha de crédito de 50 bilhões de francos suíços com o próprio Banco Central da Suíça conforme suas ações despencavam 31% em um único dia.

Portanto, a crise bancária americana já chega a outros países, sendo mais um motivo para investidores olharem para o Bitcoin com maior atenção devido a suas raízes ideológicas.

Banco Central Europeu ignora crise bancária e aumenta juros

Muitos analistas apontam que a crise bancária foi gerada pelo aumento agressivo dos juros por bancos centrais. Portanto, com a instabilidade se estendendo a mais instituições, muitos pensavam que tais políticas fossem aumentadas de imediato.

No entanto, o Banco Central Europeu voltou a aumentar a taxa de juros nesta quinta-feira (16) em 50 pontos-base. Na nota oficial, o BCE aproveitou para falar sobre os bancos.

“Como os bancos estão reembolsando os montantes emprestados no âmbito das operações de refinanciamento de prazo direcionadas, o Conselho do BCE avaliará regularmente de que forma as operações de empréstimo direcionadas estão contribuindo para a orientação da sua política monetária.”

Em outras palavras, o único interesse do BCE é retornar a inflação para sua meta de 2%, doa a quem doer.

Decisão do BCE pode influenciar o Fed

Por fim, Jerome Powell, presidente do Fed, afirmou que estaria considerando aumentar a taxa de juros em 0,5%, o dobro do aumento anterior, caso os dados de inflação não apresentassem sinais de melhora.

No entanto, a crise bancária americana apareceu nos dias seguintes e muitos investidores passaram a duvidar que o Fed mantenha sua agressividade.

Agora, a decisão do BCE e a divulgação dados de inflação dos EUA, que segue em 6% ao ano, podem fazer com que o Fed ignore a crise bancária e realmente aumente os juros em 0,5%, o que seria péssimo tanto para bolsas quanto para o Bitcoin no curto prazo.

A próxima reunião do Fed está marcada para a próxima quarta-feira (22) e o mercado deve permanecer volátil.

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