O Bitcoin bateu um novo recorde de preço no ano e alcançou a marca de US$ 35.920 na madrugada desta quinta-feira (2). Em outubro, a moeda digital superou todos os ativos do mercado de ações e valorizou mais de 28% durante o mês, enquanto as ações despencaram cerca de 10% durante o mesmo período.
No Brasil, o preço do Bitcoin ultrapassou a marca de R$ 176 mil nas principais corretoras, o maior valor do ano, de acordo com o índice de preço do Livecoins.
Bitcoin inicia nova corrida de touros
Em uma movimentação antecipada pelo mercado, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve dos Estados Unidos decidiu manter inalterada a faixa da taxa de fundos federais, entre 5,25% e 5,50%.
O anúncio, realizado na tarde de quarta-feira (1), marca um momento de estabilidade após um período de elevações agressivas nas taxas, visando o controle inflacionário.
A reação do mercado foi positiva após o anúncio. No fechamento do mercado, os indicadores mostraram um clima otimista, com o índice S&P 500 experimentando uma valorização de 1,1% e o Nasdaq 100, composto por empresas de tecnologia, apresentando um expressivo ganho de 1,5%.
Além disso, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA com prazo de 10 anos recuaram para 4,73%, distanciando-se da marca de quase 5% registrada no início da semana, refletindo a menor probabilidade atribuída pelo mercado a futuros incrementos nas taxas de juros.
A decisão do FOMC parece sinalizar uma pausa nas medidas de aperto monetário, proporcionando um respiro para investidores e sinalizando uma cautela moderada do Fed diante de um panorama econômico complexo.
De acordo com especialistas do setor, o aumento das taxas de juros cria um clima de cautela entre os investidores, afastando-os de ativos de risco, como as criptomoedas. No entanto, uma diminuição ou manutenção estável atua como um catalisador para uma dinâmica de alta no mercado de criptomoedas.
O anúncio, portanto, causou otimismo suficiente no mercado para impulsionar o Bitcoin acima dos US$ 35.000.
Enquanto isso, à medida que os Estados Unidos continuam a duplicar sua dívida para financiar duas guerras, o Bitcoin tornou-se o ativo “porto seguro” para investidores que procuram preservar o seu poder de compra.
A valorização do preço do Bitcoin também está sendo alimentada pela inevitável aprovação dos ETFs pela SEC.
Enquanto a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos analisa nove 9 pedidos de ETF, Jerome Powell sinalizou que o Fed está essencialmente pausando todos os aumentos das taxas de juros, enquanto monitora as condições econômicas e financeiras.
Criptomoedas em alta
A alta do Bitcoin também causou impacto em outros ativos digitais, com a capitalização de mercado total de outras altcoins rompendo uma tendência de baixa que durou 18 meses.
Nas últimas 24 horas, centenas de altcoins tiveram aumentos expressivos, com a Solana (+30%) e a THORChain (26%) se destacando. Ambos os tokens viram altas de dois dígitos e podem quebrar resistências importantes.
No momento em que este artigo foi escrito, o Ethereum, segunda maior criptomoeda do mercado, está sendo negociado por US$ 1.835, e um fechamento de vela acima de US$ 1.900 serviria como confirmação de um rompimento.
O preço da XRP também viu um aumento de 3,3%, chegando a US$ 0,6. Outra criptomoeda conhecida como Cardano testemunhou um salto de 6,42%, com os volumes de negociação subindo 151,41% nas últimas 24 horas.
As memecoins também seguem em alta, com o preço da Dogecoin aumentando 2,6% e a Shiba Inu subindo 3,5%.
A alta das principais criptomoedas contribuíram para uma recuperação geral no mercado. A capitalização total aumentou 2,85% em relação a quarta-feira (1), atingindo US$ 1,3 trilhão, com uma leitura do índice de medo e ganância do mercado de 74, significando um sentimento de “ganância”.