Após perder seu suporte da região dos 30 mil dólares, o preço do Bitcoin despencou para níveis não vistos desde dezembro de 2020. Cotado a US$ 23.500 (R$ 119.000), as perdas são de 22% nos últimos três dias e de 66% desde seu topo histórico, em novembro do ano passado.
Outras criptomoedas estão apresentando perdas maiores ainda. O Ethereum, segunda maior do mercado, caiu 34% nos últimos três dias e está sendo negociado a US$ 1.200 (R$ 6.200) mesmo com o andamento da migração para Proof-of-Stake.
Tal movimento do Bitcoin acabou sendo um termometro para o mercado de ações, também em forte queda enquanto o mundo teme uma recessão por conta da inflação e segue tentando adivinhar os próximos movimentos do Banco Central dos EUA.
Bitcoin está pagando pela inflação
Com os EUA registrando novos picos de inflação, com o índice de preços ao consumidor (CPI) chegando ao acumulado de 8,6% nos últimos dois meses, muitos esperam que estejamos à beira de uma recessão.
Com isso, o Bitcoin teve um final de semana conturbado, fazendo-o perder seu suporte da região dos US$ 30.000. As perdas foram ainda maiores nesta segunda-feira (13), jogando seu preço para a casa dos US$ 23.500 (R$ 119.000).
Desta forma, agora o Bitcoin está operando em níveis não vistos desde dezembro de 2020, quando estava no caminho contrário após quebrar o topo histórico de 2017. Entretanto, o aperto monetário pelo Fed e bancos centrais de outros países está afastando investidores.
Tal movimento do Bitcoin também acabou sendo um termometro para outros mercados. O S&P500, índice que reúne as 500 maiores empresas dos EUA, também amanheceu em queda nesta segunda-feira ao ser aberto com -2,4%.
O mesmo acontece com outros índices, como o Ibovespa, apresentando queda de 4%, e até mesmo com o Real (BRL), também em queda de 4% em relação ao dólar e novamente operando acima dos 5 dólares.
Mercado de criptomoedas no vermelho
A queda de 22% do preço do Bitcoin também foi sentida por outras criptomoedas. O Ethereum, por exemplo, está acumulando perdas ainda maiores, de 31%. O mesmo para a preferida de Elon Musk, a Dogecoin (DOGE), bem como para a Solana (SOL).
Portanto, apenas as stablecoins seguem sem grandes alterações nesta segunda-feira (13). Notavelmente, agora três das seis maiores criptomoedas são pareadas no dólar: Tether (USDT), USD Coin (USDC) e Binance USD (BUSD).
Outro ponto preocupante para o mercado é a falta de um suporte claro para o Bitcoin, com ursos tendo um caminho livre para empurrar a criptomoeda para os US$ 20.000.