Bitcoin cai 14% e US$ 200 bilhões são eliminados do mercado de criptomoedas

Com os EUA registrando novos picos de inflação, com o índice de preços ao consumidor (CPI) chegando ao acumulado de 8,6% nos últimos dois meses, muitos esperam que estejamos à beira de uma recessão.

Após perder seu suporte da região dos 30 mil dólares, o preço do Bitcoin despencou para níveis não vistos desde dezembro de 2020. Cotado a US$ 23.500 (R$ 119.000), as perdas são de 22% nos últimos três dias e de 66% desde seu topo histórico, em novembro do ano passado.

Outras criptomoedas estão apresentando perdas maiores ainda. O Ethereum, segunda maior do mercado, caiu 34% nos últimos três dias e está sendo negociado a US$ 1.200 (R$ 6.200) mesmo com o andamento da migração para Proof-of-Stake.

Tal movimento do Bitcoin acabou sendo um termometro para o mercado de ações, também em forte queda enquanto o mundo teme uma recessão por conta da inflação e segue tentando adivinhar os próximos movimentos do Banco Central dos EUA.

Bitcoin está pagando pela inflação

Com os EUA registrando novos picos de inflação, com o índice de preços ao consumidor (CPI) chegando ao acumulado de 8,6% nos últimos dois meses, muitos esperam que estejamos à beira de uma recessão.

Com isso, o Bitcoin teve um final de semana conturbado, fazendo-o perder seu suporte da região dos US$ 30.000. As perdas foram ainda maiores nesta segunda-feira (13), jogando seu preço para a casa dos US$ 23.500 (R$ 119.000).

Gráfico de preço BTC USD
Bitcoin / Dólar americano (BTC/USD). Fonte: TradingView

Desta forma, agora o Bitcoin está operando em níveis não vistos desde dezembro de 2020, quando estava no caminho contrário após quebrar o topo histórico de 2017. Entretanto, o aperto monetário pelo Fed e bancos centrais de outros países está afastando investidores.

Tal movimento do Bitcoin também acabou sendo um termometro para outros mercados. O S&P500, índice que reúne as 500 maiores empresas dos EUA, também amanheceu em queda nesta segunda-feira ao ser aberto com -2,4%.

O mesmo acontece com outros índices, como o Ibovespa, apresentando queda de 4%, e até mesmo com o Real (BRL), também em queda de 4% em relação ao dólar e novamente operando acima dos 5 dólares.

Mercado de criptomoedas no vermelho

A queda de 22% do preço do Bitcoin também foi sentida por outras criptomoedas. O Ethereum, por exemplo, está acumulando perdas ainda maiores, de 31%. O mesmo para a preferida de Elon Musk, a Dogecoin (DOGE), bem como para a Solana (SOL).

Mapa de calor das criptomoedas dos últimos três dias. Fonte: Coin360

Portanto, apenas as stablecoins seguem sem grandes alterações nesta segunda-feira (13). Notavelmente, agora três das seis maiores criptomoedas são pareadas no dólar: Tether (USDT), USD Coin (USDC) e Binance USD (BUSD).

Outro ponto preocupante para o mercado é a falta de um suporte claro para o Bitcoin, com ursos tendo um caminho livre para empurrar a criptomoeda para os US$ 20.000.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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