Não comprei bitcoin por centavos por achar que era golpe, diz Ricardo Amorim

Ricardo Amorim, conhecido no Brasil como o economista mais influente do país, disse que conheceu o Bitcoin como uma tecnologia contrária às moedas fiduciárias.

O economista Ricardo Amorim, em participação no Flow Podcast, disse que não comprou bitcoin quando conheceu a moeda digital por achar que era um golpe, ainda que sua tecnologia tenha realmente chamado sua atenção.

Na ocasião, ele lembrou que o mundo buscava sair da crise de 2008, quando o bitcoin foi anunciado e, no ano seguinte, lançado oficialmente.

Ricardo Amorim, conhecido no Brasil como o economista mais influente do país, disse que conheceu o Bitcoin como uma tecnologia contrária às moedas fiduciárias.

Um dos impactos do bitcoin é o seu alto consumo de energia, diz economista

Em conversa com Igor 3k no Flow Podcast na última semana, o ministro Paulo Guedes comentou sobre o assunto de blockchain e criptomoedas, revelando sua opinião sobre o assunto.

Um dia depois, Igor acabou retornando a este assunto quando conversava com o economista Ricardo Amorim, perguntando sua opinião sobre o tema.

Ele lembrou que conhece do assunto e que acha que as criptomoedas hoje causam um grande impacto no mundo. Um deles é no setor de consumo de energia, talvez o maior impacto causado pela atividade de mineração.

Segundo Amorim, o Ethereum migrou sua forma de minerar para buscar melhorar o quesito, mas o bitcoin ainda não.

Além disso, ele lembrou que grandes empresas do mundo estão sendo impactadas pela inovação, como a Nvidia, por exemplo, que vinha vendendo muitas placas de vídeo e agora perdeu uma boa parte de suas receitas com a mudança de protocolo do Ethereum.

“Não comprei bitcoin por centavos por achar que era um golpe”, lembrou Ricardo Amorim

Ainda na conversa sobre criptomoedas, Ricardo Amorim se lembrou que conheceu o bitcoin em seu início e quase comprou US$ 100,00, mas não o fez por achar que era um golpe.

Segundo ele, o banco central dos Estados Unidos estava imprimindo muito dinheiro e havia um receio de que o valor do Dólar poderia cair muito. Mesmo conhecendo o bitcoin no início, ele não conseguiu comprar por acreditar que seria um golpe em potencial.

“Em uma crise você coloca o dinheiro onde? Eu pensei em metal precioso, terras, imóveis. E aí surgiu um tal de um Satoshi Nakashima [sic], que ninguém sabia quem era, se existia, com uma ideia maluca que iria criar essa moeda. Cheguei a pensar em comprar lá atrás, eu peguei bem no começo. Em determinado momento pensei em colocar US$ 100,00 nessa brincadeira. A parte mais engraçada é o porquê eu não fiz. Eu pensava que era um golpe, porque ninguém conhecia o criador e eu pensava que ele poderia sumir com meu dinheiro e eu vou me sentir o maior idiota. Todo golpe tem uma tese bonita, mas eu me sinto um idiota hoje por não ter feito.”

“Tendência de alta nas criptomoedas é uma realidade, mas governos não devem facilitar”

Sobre a sua atual opinião sobre o assunto, Ricardo Amorim destacou que a tendência das criptomoedas é de alta, visto que muitos governos seguirão imprimindo dinheiro e as moedas fiduciárias vão perder mais seu poder de compra com a inflação.

Contudo, ele não acredita que os governos vão deixar fácil a vida para as criptomoedas e Bitcoin, visto que estão perdendo poder. Ele destacou a reação da China ao setor, país que baniu as criptomoedas.

Amorim disse também que o G7 poderia criminalizar as criptomoedas e de um dia para outro todas poderiam desvalorizar tremendamente.

Em sua opinião, ninguém deve ficar de fora das criptomoedas, mas não pode alocar muito também. A parte fácil para Amorim é quando comprar Bitcoin, que segundo ele, deve ser quando há quedas drásticas na cotação.

“Eu penso nela como uma opção, tem uma grande chance de ir a zero, mas se der certo você pode ganhar uma grana significativa, é assim que eu olho para cripto.”

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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