Bitcoin é alternativa estratégica para bancos centrais, aponta Deutsche Bank

Banco alemão acredita que diversos bancos centrais adotarão o Bitcoin nos próximos 5 anos

O Deutsche Bank publicou na última sexta-feira (19) um estudo comparando as histórias do ouro e do Bitcoin. Como destaque, o texto aponta que os dois ativos devem co-existir no médio prazo, servindo como uma alternativa estratégica para bancos centrais.

Atualmente o ouro possui um valor de mercado de US$ 25 trilhões, já o Bitcoin aparece com US$ 2,25 trilhões, bem próximo dos US$ 2,5 trilhões da prata.

No entanto, o banco alemão não acredita que o Bitcoin substituirá o dólar como principal ativo de reserva ou meio de pagamento.

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Deutsche Bank compara história do ouro e do Bitcoin

Enquanto o Bitcoin foi criado em 2009, levando alguns anos até um mercado ser estabelecido em volta da criptomoeda, o ouro possui um histórico secular de negociações.

Como exemplo, o Deutsche Bank destaca que o metal passou por diversas valorizações ao longo de sua história devido a eventos como o fim do acordo de Bretton Woods em 1971, a bolha imobiliária de 2008 e, mais recentemente, o Dia da Libertação dos EUA em 2025.

“Em 2010, os bancos centrais tornaram-se compradores líquidos de ouro pela primeira vez desde 1988.”

“Em 2018, os bancos centrais atingiram compras recordes de ouro novamente, com 651 toneladas — o maior volume desde Bretton Woods — e em 2022, com 1.080 toneladas, o maior desde 1950”, destacou o banco alemão.

História do ouro. Fonte: Deutsche Bank/Reprodução.
História do ouro. Fonte: Deutsche Bank/Reprodução.

O Bitcoin é frequentemente apresentado como um “ouro digital” por suas características. No entanto, o estudo mostra que a criptomoeda possui uma correlação de somente 8% com o metal desde 2011, estado mais ligado a índices de ações como Russell 2000 e S&P 500.

O ouro, por outro lado, possui uma forte correlação com os títulos do Tesouro de 10 e 2 anos.

Correlações do Bitcoin (à esquerda) e correlações do ouro (à direita) com outros ativos. Fonte: Deutsche Bank/Reprodução.
Correlações do Bitcoin (à esquerda) e correlações do ouro (à direita) com outros ativos. Fonte: Deutsche Bank/Reprodução.

Embora isso possa ser interpretado como algo negativo, os dados também colocam o Bitcoin como um ativo único, ótimo para diversificação em portfólios.

Bitcoin pode ser um ativo complementar para bancos centrais, mas não substituirá o dólar, diz DB

Finalizando, o banco alemão afirma que, apesar de serem concorrentes diretos, ouro e Bitcoin continuarão co-existindo no médio prazo.

“Bitcoin e ouro são diversificações complementares para os portfólios dos bancos centrais.”

“Como já enfatizamos, Bitcoin e ouro são considerados alternativas complementares às reservas tradicionais de refúgio seguro devido a sua (i) baixa correlação com outras classes de ativos, (ii) oferta relativamente escassa e (iii) uso como proteção contra a inflação e a volatilidade geopolítica”, escreveu o Deutsche Bank.

Outra previsão do banco é que a volatilidade do Bitcoin continuará diminuindo enquanto sua adoção aumenta, assim como aconteceu com o ouro, mas não substituirá o dólar como moeda de troca ou reserva de valor global.

Em outros trechos, o estudo também compara o total de ativos sob gestão de ETFs de ouro e bitcoin, bem como dá destaque para compras feitas por empresas como Strategy.

Por fim, o Deutsche Bank crê que o Bitcoin irá se juntar ao ouro em diversas reservas de Bancos Centrais até 2030.

“A história parece estar se repetindo. Assim como o Bitcoin, o ouro já foi alvo de ceticismo, desconfiança e especulação sobre a demanda”, finaliza o banco. “Assim como o Bitcoin, o ouro passou por episódios periódicos de volatilidade; seu desempenho muitas vezes foi marcado pelas menores mudanças na percepção pública.”

“Acreditamos que a adoção do Bitcoin continuará, à medida que os avanços regulatórios, as condições macroeconômicas e — acima de tudo — o tempo devem permitir que o público abrace cada vez mais o Bitcoin como uma reserva de valor.”

Comparativo de desempenho entre Bitcoin e ouro. No gráfico à esquerda, o ouro é acompanhado desde 1920, enquanto o Bitcoin inicia suas negociações em 2012.
Comparativo de desempenho entre Bitcoin e ouro. No gráfico à esquerda, o ouro é acompanhado desde 1920, enquanto o Bitcoin inicia suas negociações em 2012.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.
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