Com um pico de volume, o Bitcoin caiu para os US$ 40.700 na última hora deste domingo (10), uma das maiores quedas desde o início de seu rali. Embora tenha recuperado os US$ 42.000 logo na sequência, a briga na região é intensa.
Outras criptomoedas pegaram carona nessa montanha-russa e operam em baixa nesta segunda-feira (11). Segunda maior do mercado, Ethereum (ETH) opera em queda diária de 5,3%, já as perdas da Cardano (ADA) ultrapassam os 9%.
Como consequência, mais de R$ 2 bilhões em ordens foram liquidadas nas últimas 24 horas. Deste número, mais R$ 1,7 bilhão foram longs (posições compradas) e outros R$ 275 milhões em shorts (posições vendidas).
Bitcoin testa suporte dos US$ 40 mil e touros tentam encontrar solo firme
Ao que tudo indica, não há uma razão específica para a recente queda do Bitcoin, podendo ser apenas traders realizando lucros conforme a alta anual chegou a 170%.
No entanto, vale destacar que o ouro perdeu 7,6% de seu valor desde a semana passada. Na data, quando atingiu seu topo histórico, o metal disparou quando o mercado estimou que o Fed estaria pronto para realizar cortes nas taxas de juros. Outras moedas, ações e o Bitcoin também operavam em alta.
Sendo assim, o mercado pode ter recuado em antecipação à próxima reunião do Fed, marcada para a próxima quarta-feira (13), bem como à liberação dos dados do índice de inflação americano, chamado CPI, nesta terça (12). Ou seja, o mercado está cauteloso e isso pode ter feito o Bitcoin testar o suporte dos 40 mil dólares.
Logo na sequência, o Bitcoin ficou acima dos US$ 42.000 novamente, região que pode ser um importante suporte caso os touros queiram levar esse rali adiante.
Outras criptomoedas também operam em queda
Como já é natural, a queda do Bitcoin também fez outras criptomoedas desabarem na madrugada desta segunda-feira (11). Os destaques ficam para Ethereum (ETH) e Cardano (ADA), com quedas de 5,3% e 9%, respectivamente, mas o recuo foi geral.
Ripple (XRP) e Solana (SOL) são outras duas gigantes que apresentam perdas. Dentre as poucas que operam em alta estão a BinanceCoin (BNB), Avalanche (AVAX), Optimism (OP) e Injective (INJ).
Liquidações ultrapassam os R$ 2 bilhões
Conforme a queda do Bitcoin e outras criptomoedas foi de certa forma inesperada, muitos traders foram pegos de surpresa. No total, as liquidações ultrapassam os R$ 2 bilhões, a maioria de posições compradas (longs). As maiores perdas foram em Bitcoin e Ethereum.
Segundo os dados da CoinGlass, US$ 350 milhões (R$ 1,7 bilhão) das liquidações eram longs, mas até mesmo os ursos perderam dinheiro após o rebote dos preços. Cerca de US$ 55,7 milhões (R$ 275 milhões) de shorts foram liquidados nas últimas 24 horas.
Independente da correção, o Bitcoin tem tudo para seguir com sua alta pelo mês de novembro. O motivo é a possível aprovação dos ETFs já no próximo mês de janeiro, algo que muitos investidores estão considerando como um divisor de águas para a maior criptomoeda do mundo.