Bitcoin é usado para lavar dinheiro por quadrilha de dentro de presídio

Criptomoeda foi utilizada em esquema que contava com cartões de crédito roubado vendidos pela dark web.

O bitcoin foi utilizado por uma quadrilha para lavar dinheiro. A criptomoeda era comprada através de cartões de crédito roubados que resultavam em dinheiro transferido para a conta dos prisioneiros. Com a descoberta do esquema, um homem foi preso e outros sete envolvidos estão sendo investigados pela autoridades norte-americanas.

Crimes envolvendo criptomoedas parecem que nunca podem ser solucionados. Porém, como grande parte dos investidores sabem, não é nada difícil fazer um simples rastreamento de transações envolvendo o bitcoin. Como a blockchain desta criptomoeda é pública, informações importantes de fácil acesso pode permitir que crimes envolvendo o bitcoin sejam descobertos.

Presos usavam cartões de crédito roubados para comprar bitcoin

A quadrilha investigada utilizou cartões de crédito roubados. Através desta manobra, os presos compravam bitcoins como forma de lavar o dinheiro roubado dos cartões. Sendo assim, os cartões de crédito foram utilizados para comprar bitcoin que posteriormente seriam vendidos pelos criminosos.

Após a compra dos bitcoins com cartões de crédito roubados, os criminosos vendiam então a criptomoeda no mercado. Essa vendia permitia a quadrilha um processo de lavagem de dinheiro envolvendo cartão de crédito, criptomoedas e moeda fiduciária. Mas o negócio fraudulento foi descoberto, após 43 transações realizadas pela quadrilha. No total, foram movimentados cerca de US$ 8.000,00 pelos criminosos.

Dinheiro de venda de bitcoin caía em contas comissárias

Depois que o bitcoin era vendido, o dinheiro deveria ser então transferido para os presos. O destino final do dinheiro resultante da venda dos bitcoins eram várias contas bancárias, conhecidas como contas comissárias. Essas contas permitem que presos realizem pequenas compras dentro do sistema penitenciário.

Presidiários norte-americanos possuem acesso a um tipo de mercado nas unidades penitenciárias. Como a circulação de dinheiro é proibida, uma conta permite que eles comprem itens nestes estabelecimentos controlados. Essa conta é conhecida como conta comissária, e comumente parentes e amigos fazem doações para os criminosos.

O dinheiro arrecadado em bitcoins com a lavagem de dinheiro foi parar em contas comissárias. Isso permitiu que presos utilizassem o esquema para benefício próprio enquanto ainda estavam na prisão. 

Fornecedor de cartões de crédito roubados também foi preso

A operação contou com a investigação de autoridades da Flórida, nos Estados Unidos. Os policiais descobriram o esquema que envolvia vários presos, que utilizam cartões roubados em um elaborado plano de lavagem de dinheiro. De acordo com a investigação, a quadrilha contava com o apoio de um integrante externo.

Kamu Kalona, de 37 anos, é apontado como o responsável por fornecer os cartões de crédito roubados aos criminosos presos. O homem foi preso acusado de fraude e deverá responder criminalmente pela oferta de cartões roubados. A investigação concluiu que esta oferta acontecia através do que é conhecido como dark web.

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Paulo Carvalho
Paulo Carvalho
Jornalista em trânsito, escritor por acidente e apaixonado por criptomoedas. Entusiasta do mercado, ouviu falar em Bitcoin em 2013, mas era que nem caviar, "nunca vi, nem comi, só ouço falar".

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