Nesta segunda-feira (03), o Bitcoin registrou a maior valorização dos últimos três meses logo no início da manhã. Seu principal indicador aponta para a primeira curva de alta dos últimos 11 meses.
Os preços subiram para 9.615 dólares na corretora Bitstamp durante o horário comercial asiático. Essa foi a cotação mais alta da moeda digital desde 28 de outubro de 2019.
A criptomoeda atingiu a maior alta dos últimos três meses, alcançando o valor de 9.628 dólares também na Bitfinex (uma das maiores corretoras americanas) e 9.615 dólares na Coinbase.
O movimento de alto aconteceu quando o mercado de ações da China caiu 8% no início das negociações. A desvalorização é atribuída ao surto do coronavírus e seu potencial impacto na economia do país.
Os mercados acionários chineses foram fechados na semana passada devido ao feriado local do Ano Novo chines. Os contratos futuros do S&P 500, no entanto, permaneceram em oferta e subiram 0,65%, apesar do clima de risco nos mercados chineses.
Os ativos tradicionalmente seguros, como o ouro, também sofrem pressão de venda. Isto pode ser sinal de que mercados mais amplos podem ser impactados negativamente pela doença.
Curiosamente, a alta do Bitcoin acima de 9.600 dólares foi rapidamente desfeita, com uma queda para os 9.250 dólares. Apesar disso, o panorama geral permanece otimista, com os indicadores apontando para um movimento de alta a cada semana que passa.
A média dos últimos 50 dias parece ultrapassar a linha da mediana dos 100 dias em breve. Isto ocorreu pela primeira vez em março do ano passado. Entretanto, estes são resultados atrasados e que costumam prender compradores de lados errados no mercado.
Por exemplo, o cruzamento de 50 e 100 dias observados em junho e agosto de 2018, falharam em inspirar os compradores. No entanto, as condições mais amplas do mercado eram pessimistas naquela ocasião – o Bitcoin chegou a US $ 20.000 em dezembro de 2017 e vinha registrando altas mais baixas desde então.
Perspectivas para o futuro
Estes movimentos chamam a atenção por serem amplamente seguidos, atraindo pressão de compra quando o quadro é otimista.
Esta é a situação atual, com indicadores-chave como o histograma MACD semanal e o índice de força relativa expondo condições para altas. Portanto, o bitcoin pode ver um aumento nas compras nos próximos dias.
Nas próximas 24 horas, as probabilidades aparecem empilhadas a favor de uma queda para 9 mil dólares. O gráfico de 4 horas mostra que o Bitcoin está amplamente restrito a um intervalo estreito de 9.200 a 9.600 dólares desde 29 de janeiro.
Um movimento acima de R$ 9.600 implicaria uma continuação da variação e indicaria um caminho para os 10.000, dólares.