Bitcoin não é a moeda preferida dos criminosos, diz PF

Investigação da PF destacou que o bitcoin não é a moeda utilizada para crimes de organização desde 2020.

A Polícia Federal (PF) deflagrou mais uma operação contra corretoras de criptomoedas no Brasil nesta quinta-feira (22), declarando em nota oficial que o bitcoin não era a moeda preferida dos criminosos.

Nomeada de Colossus, a operação foi uma das maiores realizadas por autoridades brasileiras contra várias corretoras de criptomoedas de uma só vez.

Dessa forma, o caso chamou atenção pelo fato de seis corretoras estarem como alvo de mandados de busca e apreensão, ainda que a PF não tenha revelado os nomes de quais empresas foram alvos para não atrapalhar nas investigações.

Com volatilidade, PF diz que bitcoin não é a moeda preferida de criminosos: “stablecoins assumiram”

Entre os anos de 2019 e 2021, o bitcoin atravessou uma forte alta de mercado, ainda que em alguns períodos houve queda em sua cotação em relação ao Real e Dólar.

Ou seja, o bitcoin tem seu preço definido pelo próprio mercado e há então uma volatilidade que pode ser brutal, até mesmo para criminosos que acreditavam que utilizar essa seria uma vantagem.

Nesta quinta a PF cumpriu mandados na Operação Colossus e declarou que o Bitcoin não é mais a moeda preferida de criminosos desde 2020, devido a sua alta volatilidade.

De acordo com a PF, as criptomoedas podem ser utilizadas para lavagem de dinheiro devido à falta de regulação atual. Entre 2017 e 2019, o bitcoin chegou a ser utilizado para enviar valores ao exterior, mas desde 2020 os membros de organizações criminosas preferem as stablecoins, principalmente aquelas lastreadas em Dólar.

“Devido à regulação atual e à falta de controle mais efetivo, os investigados revenderam ativos virtuais a pessoas físicas e jurídicas interessadas em lavar valores oriundos de crimes. As investigações apontam que, durante os anos de 2017 e 2019, os ativos virtuais preferidos pelos investigados, para fins de ocultação de valores e/ou remessa para o exterior eram ativos virtuais como o Bitcoin. Porém, devido a sua grande volatilidade, a partir de 2020, o bitcoin foi substituído por outros ativos virtuais pareados a moedas estrangeiras como o dólar americano, denominados de stablecoins, cuja variação de valor é menor.”

Suspeitos podem pegar mais de 30 anos de prisão

Os suspeitos da Operação Colossus podem pegar mais de 30 anos de prisão por efetuar a lavagem de dinheiro com criptomoedas, principalmente por acusações sobre evasão de divisas, lavagem de dinheiro a associação criminosa, entre outros mais.

De acordo com a PF, o nome da operação desta quinta tem relação com a Segunda Guerra Mundial e a busca por levantar o véu do anonimato em transações.

“O nome da operação é uma alusão ao computador batizado com o mesmo nome que foi desenvolvido durante a 2ª Guerra Mundial por criptoanalistas britânicos.

O objetivo era decifrar a comunicação codificada, permitindo aos aliados se anteciparem para neutralizar os movimentos inimigos.

Da mesma forma, essa operação policial tem como objetivo “levantar o véu do anonimato” que protege a lavagem de dinheiro por meio dos ativos virtuais, fornecendo aos órgãos de controle e regulação, subsídios para se anteciparem às ações ilícitas de lavagem, neutralizando, assim, esse tipo de prática.”

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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