
Alexandre Wowacz (Stormer) e André Machado (Ogro de Wall Street). Fonte: Irmãos Dias Podcast/Reprodução.
André Machado, famoso trader brasileiro conhecido como o Ogro de Wall Street, acredita que o Bitcoin não faz sentido nenhum, mas isso não impede que ele ganhe dinheiro negociando a criptomoeda.
Em participação no canal Irmãos Dias Podcast, o trader comenta que foi eleito como “um dos 10 maiores inimigos do Bitcoin” em 2013.
“Eu achava que aquilo não fazia sentido nenhum”, disse Machado. “Eu ainda acho que não faz sentido nenhum, mas eu ganho dinheiro com isso, eu especulo.”
“Eu fiz a projeção do Bitcoin no Fibo, no topo triplo que fez ali na região dos 126 mil [dólares], eu projetei quando rompeu uma bandeira de alta, dois anos atrás, tem isso no meu canal.”
Seguindo, ele também comenta que cravou o alvo da queda na região dos US$ 82.000.
Atualmente o canal de André Machado conta com mais de 3.500 vídeos, incluindo cursos gratuitos sobre análise técnica, bem como muitas lives operando no mercado.
Ao lado de Alexandre Wowacz (Stormer), André Machado explica que negocia diversas commodities, incluindo petróleo, prata, café, dentre outros. “São ativos para pegar movimento”, explicou o trader.
“Não é a questão de ser contra o Bitcoin”, disse Machado. “Eu não vou fazer reserva de valor em café, eu não vou fazer reserva de valor em ouro, nem em dólar.”
“Eu gosto, pra longo prazo, de ativos que gerem renda, na linha do Warren Buffett: se você ganha dinheiro com um ativo enquanto tá dormindo, você vai ganhar dinheiro até morrer.”
Por outro lado, Machado reconhece que o Bitcoin deu um salto de 20.000% na última década, mas que olhar para o passado é fácil.
“Eu tinha ideia de que isso ia acontecer? Não. Se não eu tinha comprado tudo, tinha vendido tudo que eu tinha. Eu falo brincando, eu me depilava e ia pra Copacabana ganhar um trocado extra pra botar em Bitcoin”, brincou o trader brasileiro.
Contando que comprou seus primeiros bitcoins de Fausto Botelho, outro trader famoso com décadas de experiência que o catequizou, Machado conta que vendeu suas moedas nos US$ 57.000, mas depois entrou novamente e vendeu no topo recente.
“Eu fico pegando essas pernadas, como pego com ações também que eu tô especulando. […] Eu gosto de especular isso, mas eu não vejo como um ativo de valor.”
Equilibrando a conversa, Alexandre Wowacz, mais conhecido como Stormer, diz entender a “visão de trader” de André Machado, mas nota que sua visão é diferente.
“O próprio Bitcoin neste momento fez fundo, no meu entendimento, em US$ 80.000 e agora deve voltar para o seu topo e eventualmente, talvez batendo no topo, até mesmo rompê-lo”, iniciou Stormer. “Minha projeção para Bitcoin, realmente é que agora a gente ta iniciando o rali de Natal.”
“Bitcoin eu não vendo nunca. Eu fico operando, por exemplo, LINK contra BTC. Então quando vejo que tá interessante comprar LINK, eu saio do BTC, compro LINK. Quando a LINK sobe em relação a BTC eu vendo a LINK e eu volto para BTC. Então o meu propósito é ter uma carteira cada vez maior de Bitcoin. Bitcoin para mim é uma das únicas commodities ou ativos do mundo que é deflacionário.”
Sua justificativa é justamente a perda do poder de compra do dólar, algo que Machado também concorda.
Na sequência, a dupla fala sobre BlackRock, o pequeno tamanho do Bitcoin em relação ao sistema financeiro global, impostos, dentre outros temas.
Questionado sobre quão exposto ele está no Bitcoin, Stormer afirma que chegou a ter 75% do seu patrimônio em criptomoedas.
“Não tentem fazer isso em casa”, disse rindo. “Pra um cara que tá no início, no mínimo 5%, no máximo 15%.”
A conversa completa do Ogro de Wall Street e Stormer no Podcast Irmãos Dias pode ser vista no vídeo abaixo.
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