O mês de agosto tem sido positivo para os fãs do Bitcoin, que veem o preço da moeda novamente romper a marca dos US$ 46 mil e operar em forte alta, após semanas de queda intensa.
Nos últimos dias, ao ver a nova alta no mercado, um analista da Bloomberg afirmou que preço do Bitcoin chegar em US$ 100 mil é só uma questão de tempo.
Ainda que o preço não esteja nem na metade do valor atualmente, uma nova alta começa a chamar atenção na medida que uma pressão de vendas diminui no mercado. Vale notar que a atual máxima na cotação do Bitcoin segue em US$ 64 mil, com queda de 29% desde o episódio ocorrido em 14 de abril de 2021.
Preço do Bitcoin volta romper US$ 46 mil no mercado e opera em forte alta
Nos últimos 20 dias de fechamento de preço do Bitcoin, apenas seis foram de queda no mercado. Com uma alta que não era vista desde maio, quando as maiores quedas começaram a ser sentidas, o preço mostra lentamente uma recuperação importante.
Para marcar essa retomada de preços em alta, a comunidade assistiu nos últimos dias o rompimento dos US$ 45 mil. Contudo, nesta segunda o preço do Bitcoin voltou a escalar mais um degrau, cotado em US$ 46 mil em várias corretoras do mercado.
Em relação ao Dólar, o preço do Bitcoin segue otimista na maior parte dos tempos gráficos analisados por traders, sendo uma alta de 3,5% nas últimas 24 horas. Já nos últimos sete dias, a valorização é de 15,3%, mostrando que o mês de agosto segue otimista com o BTC novamente.
No acumulado do ano, a alta é de 58% hoje.
O movimento em Dólar fez o Bitcoin chegar próximo de R$ 250 mil no Brasil, cotação que também não era percebida desde maio de 2021. A máxima do mercado em várias corretoras nacionais chegaram a R$ 245 mil, mas que pode seguir ajudado pelo Dólar, que também está em alta nesta segunda, próximo de R$ 5,30.
Comparações com ouro foram inevitáveis por parte da comunidade
Parte da comunidade acabou observando que o ouro e a prata seguem em queda nesta segunda-feira (9). Esse movimento segue um alinhamento da possível alta na taxa de juros dos Estados Unidos, que podem ser esperadas após um aumento do payroll naquele mercado.
Com aumento dos empregos, o FED poderia aumentar a taxa de juros e diminuir os incentivos fiscais, um movimento que agora é esperado pelo mercado que retira a atratividade de metais preciosos como hedge financeiro.
Mesmo com o ouro em queda de 4% nas últimas horas e o Bitcoin em alta de 3%, o mercado lembrou que a criptomoeda registrou uma valorização superior ao seu “concorrente” de reserva de valor na última década.
“Ano passado, Bitcoin retornou + 280%. Ouro retornou -17%. Última década, Bitcoin retornou + 469.482% e Ouro devolveu -3%.”
Last year, #Bitcoin returned +280%
Gold returned -17%
Last decade, #Bitcoin returned +469,482%
Gold returned -3% pic.twitter.com/WGDdUTqmQE
— Documenting Bitcoin 📄 (@DocumentingBTC) August 9, 2021
O caso foi comentado até pelo crítico do Bitcoin e defensor do ouro Peter Schiff, que novamente atacou a criptomoeda, que não considera uma reserva de valor digital.
“Bitcoin subindo com ouro em quedas não significa que o ouro será substituído como um hedge de inflação. O ouro está em baixa, já que os comerciantes pensam erroneamente que o Fed conseguirá combater a inflação reduzindo o QE e aumentando as taxas de juros. Bitcoin não é comercializado como ouro porque não é ouro digital!”
#Bitcoin rising as #gold falls doesn't mean its replaced gold as an #inflation hedge. Gold is down as traders mistakingly think the Fed will successfully fight off inflation by tapering QE and raising interest rates. Bitcoin doesn't trade like gold because it's not digital gold!
— Peter Schiff (@PeterSchiff) August 9, 2021
Apesar das críticas, o mercado segue acompanhando a alta do Bitcoin, que deve ser acompanhado de perto por investidores atentos.