Bitcoins em corretoras pode ser ‘insuficiente’ para Wall Street, causando um choque de demanda

Enquanto a demanda cresce, a oferta está se esvaindo. Além dos saques em massa no último ano, devido às falências de corretoras e temor relacionado a pressão regulatória, investidores podem estar com uma nova mentalidade.

Com a entrada de gigantes de Wall Street no mercado de criptomoedas, gerando uma crescente demanda sobre o Bitcoin, a empresa de análise Glassnode se perguntou ‘quantos bitcoins estão à venda?’

Publicado nesta segunda-feira (26), o estudo aponta que 74,5% dos bitcoins em circulação estão nas mãos de investidores de longo prazo. Enquanto isso, 13,6% pertencem a holders de curto prazo, deixando uma quantia de apenas 11,9% em corretoras.

Enquanto a demanda cresce, a oferta está se esvaindo. Além dos saques em massa no último ano, devido às falências de corretoras e temor relacionado a pressão regulatória, investidores podem estar com uma nova mentalidade.

Wall Street chega tarde no Bitcoin e terá que lutar pela quantia que holders estão dispostos a vender

Segundo Tom Lee, analista da Fundstrat, o Bitcoin poderá chegar a R$ 1.000.000 nos próximos anos com a entrada de investidores institucionais. Um dos motivos para esse número é a escassez do Bitcoin, de 21 milhões de unidades.

Fortalecendo essa conta, a Santiment apontou que o número de bitcoins em corretoras está no menor nível dos últimos 5 anos. Ou seja, uma menor oferta no mercado aberto.

“A oferta de Bitcoin em corretoras caiu para seu nível mais baixo desde fevereiro de 2018. Os traders continuam movendo BTC para [carteiras de] auto-custódia.”

A Glassnode foi outra que mostrou interesse em divulgar tais dados. Em relatório desta segunda-feira (27), a empresa de análise on-chain apontou que apenas 2,28 milhões de BTC estão em corretoras.

Um número baixo, equivalente a apenas 11,9% da oferta total do Bitcoin. Algo que pode fazer o preço do Bitcoin disparar caso a fome dos tubarões de Wall Street for grande demais.

“Em outras palavras, quando uma nova demanda entra no mercado, os investidores existentes geralmente reagem negociando e distribuindo suas moedas a preços mais altos.”

Oferta de Bitcoin em carteiras de corretoras (amarelo) e de holders de curto e longo prazos (vermelho e azul, respectivamente). Fonte: Glassnode.
Oferta de Bitcoin em carteiras de corretoras (amarelo) e de holders de curto e longo prazos (vermelho e azul, respectivamente). Fonte: Glassnode.

Brasileiros podem estar pagando pelo Bitcoin mais caro do mundo

O Bitcoin está sendo negociado a US$ 30.700 no momento desta redação. No entanto, alguns brasileiros estão pagando um preço mais caro por cada BTC.

Segundo dados do MercadoCripto, o ágio do par BTC/BRL pode chegar a até 0,78% em algumas corretoras. Embora seja negociado a R$ 147.500 em conversão direta, investidores estão pagando um premium superior a R$ 1.000 por cada Bitcoin.

Preço do Bitcoin em reais (BRL) em corretoras nacionais e estrangeiras. Fonte: MercadoCripto.
Preço do Bitcoin em reais (BRL) em corretoras nacionais e estrangeiras. Fonte: MercadoCripto.

De qualquer forma, outras corretoras apresentam um ágio negativo. Ou seja, enquanto algumas plataformas são atrativas para quem deseja vender, outras parecem boas para quem deseja comprar.

Por fim, caso os EUA aprovem um ETF de Bitcoin à vista, estima-se que mais investidores institucionais americanos estarão brigando pelos poucos bitcoins que estão à venda no mercado. Isso poderá causar um choque de demanda e fazer o preço do Bitcoin atingir novos níveis.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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