Braiscompany é alvo de operação da Polícia Federal

Prometendo retornos financeiros vultuosos, a Brais tem sido alvo de diversas denúncias por parte de clientes sobre a falta de pagamentos.

A Polícia Federal realizou na manhã desta quinta-feira (16) uma operação em endereços ligados à Braiscompany, empresa de criptomoedas que não paga os clientes desde novembro de 2022. A operação ocorreu na sede da empresa em Campina Grande, em uma filial em João Pessoa e em um condomínio fechado.

A operação da Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal tem como alvo a Braiscompany e seus proprietários, Antonio Neto Ais e Fabrícia Ais.

Operação da polícia federal em residência dos sócios da Braiscompany. Imagem: Whatsapp
Operação da polícia federal em residência dos sócios da Braiscompany. Imagem: Whatsapp

Parte dos clientes acusa a Braiscompany de ter atrasado o último pagamento de 2022, que deveria ter sido efetuado em 30 de dezembro do ano passado. A situação levou o Ministério Público da Paraíba a abrir uma nova investigação para apurar irregularidades na empresa.

Prometendo retornos financeiros vultuosos, a ‘Brais’ tem sido alvo de diversas denúncias por parte de clientes sobre a falta de pagamentos.

O representante do Ministério Público da Paraíba tomou providências extrajudiciais com vistas à conciliação, inclusive com a designação de audiência no dia 2 de fevereiro, à qual a Braiscompany não compareceu.

Segundo o promotor Sócrates Agra, a empresa prestou defesa evasiva, e diante disso, o Ministério Público deu seguimento à apuração dos fatos denunciados e, acionou a Justiça por meio de ação civil pública para garantir os direitos dos consumidores lesados.

Dinheiro Braiscompany
Dinheiro Braiscompany

Operação Halving

A operação contra a Braiscompany foi batizada de Halving e, segundo informações divulgadas pela Polícia Federal, foram movimentados, em contas vinculadas aos suspeitos, valores equivalentes a cerca de R$ 1,5 bilhão em criptomoedas nos últimos quatro anos.

O nome da operação faz referência ao aumento da dificuldade de mineração do bitcoin, que ocorre a cada quatro anos, um período semelhante à ascensão e crise da empresa investigada.

As buscas e apreensões estão em andamento nas sedes da empresa e em endereços de seus sócios, e podem resultar em novas informações sobre as atividades ilícitas investigadas.

As penas previstas para os crimes investigados somam mais de 12 anos de reclusão, além da previsão de multa.

A Braiscompany captava investidores prometendo retornos de 8% ao mês. A partir de atrasos nos pagamentos, começaram as suspeitas de golpe, o que resultou na abertura de investigações pelo Ministério Público e agora pela Polícia Federal.

A ação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público Federal demonstra que a investigação das irregularidades na Braiscompany é levada a sério e que as autoridades competentes estão tomando medidas para garantir a proteção dos consumidores lesados e a reparação do dano coletivo.

A Polícia federal disse que foram determinados dois mandados de prisão, mas os suspeitos não foram encontrados e ambos são considerados.

PF Nota BraisCompany
PF Nota BraisCompany

Fiquem tranquilos, diz dono da Braiscompany

Durante a operação da Polícia Federal, Antônio Neto Ais enviou um áudio para os funcionários da Braiscompany, as informações são do Blog Amauri Junior.

Ele diz que acordou com ligações do segurança da empresa e os funcionários “devem ficar tranquilos”, mesmo se forem chamados para dar depoimentos para a polícia.

Neto também disse em mensagem do Whatsapp que a operação da PF é um “procedimento comum” e que a Braiscompany sempre esteve de “portas abertas aos órgãos competentes.”

Ouça:

“Olá pessoal, muito bom dia, fui acordado aqui com ligações do meu jurídico, do Deivison, segurança. Hoje está tendo operação de busca e apreensão na BraisCompany, alguns de vocês podem ser chamados para depoimentos, fiquem em paz e tranquilos.

Se for chamado, vai e fecha as informações, eu e Fabrícia já fomos chamados, já prestamos as informações necessárias, entregamos a documentação necessária e só precisa falar a verdade, como trabalha, se perguntar quando começou os atrasos começou em dezembro, só a verdade não tem o que falar.

Fiquem tranquilos o jurídico já tá trabalhando. Vamos saber qual a documentações que eles querem, as informações que eles precisam entregar o que eles pedem certo. Isso já aconteceu aqui em São Paulo também nós fizemos as entregas que eles pediram e computadores de operação, então é mais um procedimento fiquem em paz.

Fiquem tranquilos. Tá bom? Já estamos trabalhando e já estamos aqui em atuação junto com o jurídico. Tá bom qualquer coisa estou à disposição de qualquer um de vocês.”

Antônio neto Whatsapp
Antônio neto Whatsapp

 

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