O Brasil caiu pelo segundo ano consecutivo em um índice global de adoção de criptomoedas apurado desde 2020 pela Chainalysis. Após queda em 2023, o ano de 2024 também representou desafios a adoção no maior país latino-americano.
De acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira (11), intitulado “Global Crypto Adoption Index“, a empresa que monitora transações de criptomoedas também apurou dados de outros países latinos.
Chama atenção que o Peru perdeu posições e até saiu do índice no último ano, mostrando um cenário preocupante na região para investidores. E enquanto a Argentina manteve sua posição, dados da Venezuela colocam o país em destaque, em meio a uma ditadura instalada no país por Nicolás Maduro.
Brasil cai novamente e agora é o 10º país em adoção mundial de criptomoedas, diz relatório
Publicado nesta quarta, a Chainalysis declarou que o Brasil é o décimo país do mundo em adoção de criptomoedas em 2024. Na comparação com o ano anterior de 2023, quando ocupava a 9º posição, o Brasil perdeu então uma posição.
De qualquer forma, o Brasil segue como o maior em adoção da América Latina e figura entre os 10 maiores nos últimos anos.
Como o ranking divulga anualmente apenas os 20 maiores países em adoção, tudo indica que a Argentina também manteve sua posição de adoção na 15ª posição, de 2023 para 2024. O atual presidente do país, Javier Milei tem se mostrado favorável ao Bitcoin, o que pode ter auxiliado na manutenção do interesse argentino sobre o tema.
Vale lembrar ainda que o Brasil chegou na sétima posição do ranking em 2022, mostrando o melhor momento do país até então. Mas mesmo com a queda de três posições em dois anos, o país ainda supera grandes potências econômicas em 2024, como Reino Unido (12), Canadá (18) e China (20).
Peru fora dos 20 maiores em adoção, enquanto Venezuela ressurge em meio a ditadura no país
Em 2023, o Peru era o 12º colocado no ranking dos 20 maiores em adoção de criptomoedas global, mas em 2024 o país já não está mais em destaque, caindo para 42ª posição.
Além disso, a Venezuela que não estava entre os 20 maiores agora superou até a Argentina, ocupando a posição 13 em adoção global de criptomoedas. Em 2023 o país era estava na posição 39. O país vizinho do Brasil vive uma ditadura conduzida por Nicolás Maduro em meio a eleições possivelmente fraudadas, que atrai olhares de desconfiança ao país em relação a sua política, o que pode ter influenciado o interesse em criptomoedas.
Outro latino no índice é o México, que estava na posição 16 em 2023, mas sobe para 14ª colocação em 2024, mostrando crescimento na adoção.