Colombiana aplicava golpe do Boa noite Cinderela em suas vítimas para roubar criptomoedas. Imagem/Redes Sociais.
O Ministério Público do Rio de Janeiro no Brasil confirmou a extradição de uma colombiana investigada por aplicar golpes em investidores de criptomoedas.
Angie Paola Parra Hoyos tinha um mandado de prisão em aberto desde o final de 2023, quando seus golpes chegaram ao conhecimento das autoridades. A investigação aponta que uma rede de colombianos mantinha o esquema no Brasil, visando roubar bitcoin e criptomoedas.
Por meio do chamado “Boa Noite, Cinderela”, Angie participava do esquema, segundo os promotores. Além disso, ela é uma das partes investigadas por crimes de lavagem de dinheiro.
Após cometer um roubo no Rio de Janeiro em fevereiro de 2023, Angie Paola fugiu para os Emirados Árabes e depois retornou à Colômbia.
Com a deflagração da primeira fase da Operação Medellín, a pedido do MPRJ, a 42ª Vara Criminal da Capital decretou sua prisão e incluiu seu nome no Alerta Vermelho da Interpol.
Em março de 2024, ao tentar embarcar no Aeroporto Internacional de Rio Negro, na Colômbia, com destino à República Dominicana, Angie Paola foi presa pela polícia local.
Após a captura, o MPRJ tomou providências junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e ao Poder Judiciário para solicitar sua extradição.
O governo colombiano autorizou a extradição, que foi cumprida em 28 de fevereiro de 2025. Angie Paola foi entregue às autoridades brasileiras e encaminhada ao sistema penitenciário do Rio de Janeiro.
A 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Resende ressaltou que a criminalidade cibernética muitas vezes ultrapassa fronteiras, exigindo cooperação jurídica internacional para evitar a impunidade.
A promotoria também destacou o papel central do MPRJ na interlocução com as autoridades envolvidas no processo de extradição, garantindo a celeridade nas ações. A operação contou com o comprometimento do Poder Judiciário, do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da Interpol.
A primeira fase da Operação Medellín, realizada em dezembro de 2023, resultou na denúncia de quatro colombianos, incluindo Angie Paola, pelo crime de roubo impróprio majorado.
O crime ocorreu no Rio de Janeiro, onde os acusados doparam a vítima e roubaram seu celular, cerca de R$ 125 mil em criptomoedas e outros valores.
Durante as prisões, José Daniel Agudelo Puerta foi detido com um documento falso, sendo também acusado de crime contra a fé pública.
Com a análise dos celulares apreendidos e a quebra de sigilo telemático, as investigações avançaram, levando à segunda fase da operação.
Tal etapa resultou em uma nova denúncia do MPRJ por organização criminosa, lavagem de dinheiro e outros dois roubos impróprios. A Justiça aceitou a denúncia e decretou a prisão de seis colombianos, incluindo os quatro já indiciados na primeira fase.
Durante essa etapa, outra cidadã colombiana foi presa pela Interpol na Colômbia e aguarda extradição para o Brasil.
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