Certamente você já se perguntou se o Brasil possui um alto volume de negociação de Bitcoin, certo? Uma pesquisa recente mostrou o volume exato de negócios com Bitcoin no país.
Certamente o Brasil não é um dos melhores do ramo que, de acordo com o CoinHills, está na posição 12 no dia 6 de janeiro de 2020. Ou seja, o início de ano mostra que os brasileiros estão fazendo poucas operações.
Nas últimas 24 horas, o Dólar Americano dominou mais que 76% das operações com Bitcoin, ou seja, por lá o volume é bem maior. Foram cerca de 630 mil BTCs negociados com USD, que nos EUA possui um mercado regulamentado e mais maduro para as corretoras.
Apesar do início de ano estar fraco em terras tupiniquins, o resumo de 2019 foi interessante para o país. Isso porque mais que 2% de todos os Bitcoins já criados foram o volume do Brasil.
Volume do Bitcoin no Brasil ainda é pequeno, mas já mostra sinais interessantes
O tema Bitcoin no Brasil é certamente algo novo, uma vez que no país a mídia cripto e as corretoras ainda não veem um grande volume. Mesmo assim, de todos os mais de 18,144 milhões de Bitcoins criados até hoje, 2,04% foram trocados no Brasil em 2019.
De acordo com o Cointrader Monitor (CTM), o volume de janeiro a dezembro de 2019 foi de 369 mil Bitcoins transacionados. Ou seja, dos 18 milhões de moedas criadas, 2% passou pelo Brasil.
Além disso, o destaque de volume foi o Mercado Bitcoin, que teve sozinho mais que 30% do total. A segunda colocada, segundo apurou o Livecoins, é a Bitcoin Trade, com mais que 10% do volume total negociado.
O CTM apurou informações fornecidas pelas APIs de 32 corretoras de criptomoedas do Brasil. Dentre elas, apareceram também algumas plataformas que deixaram de funcionar e outras que iniciaram suas operações durante o ano.
Dois últimos meses de 2019 mostraram queda no volume
O preço do Bitcoin teve uma grande alta no primeiro semestre de 2019, que refletiu também nas corretoras brasileiras. Ao sair de U$ 3,700 em janeiro, o Bitcoin chegou a ser cotado em U$ 13 mil, em julho de 2019. A alta marcou presença no Brasil, mês que teve a segunda melhor marca de volume de negociação das corretoras (≅44 mil).
O melhor mês em volume foi maio de 2019, quando as plataformas tiveram mais que 45 mil moedas negociadas. Naquele mês, o Bitcoin saiu de U$ 5,300 para U$ 8,700 em menos de 30 dias, um ganho de 60% em um curto período.
Já os meses de novembro e dezembro, que marcam o fim do segundo semestre, foi de baixo volume. Isso porque o volume de novembro (próximo de 20 mil) e de dezembro (cerca de 19 mil), não se aproximaram do visto em julho de 2019. Segundo apuração do CTM, o dia 17/11 foi o pior dia no Brasil, com apenas 113 BTCs negociados.
Ou seja, os traders brasileiros não quiseram negociar Bitcoin nesta época, em que o preço despencou de U$ 9,200 para U$ 7,200. O preço do Bitcoin teve uma queda superior a 20% do seu valor no período.
Bitcoin poderá recuperar em 2020 e ter novos ganhos?
Cabe o destaque que apesar do pessimismo de fim de ano nos mercados globais, o preço do Bitcoin é visto com potencial para 2020. Isso porque, de acordo com um analista do criptomercado, o Bitcoin poderá ter uma dominância de 75% em relação a outras moedas, o que daria uma valorização maior ao ativo digital.
Atualmente o Bitcoin está com 67% da dominância do mercado de criptomoedas. Além disso, o halving é um dos eventos que poderiam potencializar o preço da criptomoeda. Mesmo assim, há quem defenda que a valorização poderá ser precedida por novas desvalorizações.
Além disso, eventos geopolíticos se mostraram favoráveis ao Bitcoin, como a tensão do Irã com os EUA. No Irã, por exemplo, o Bitcoin chegou a ser cotado próximo de R$ 100 mil, disparando o preço no país.
Em resumo, o ano de 2019 mostrou potencial para os traders brasileiros, que tiveram um bom volume de negociações. Com isso, o ano de 2020 poderá marcar um novo marco para a adoção no país.