Um brasileiro investidor não profissional de criptomoedas que confiou na empresa do “Faraó dos Bitcoins” perdeu toda a sua poupança ao acreditar nas promessas da GAS Consultoria.
A empresa atuou no mercado nos últimos anos com promessas de rendimentos fáceis acima do mercado, com supostas operações no mercado de criptomoedas. Ao conhecer a empresa por conhecidos, amigos e familiares, novos investidores recebiam a promessa de lucros de 10% ao mês.
Com um rendimento expressivo, muitos resolveram investir na empresa e confiaram muito valor nessa, que tinha como principais líderes Glaidson Acácio dos Santos (“Faraó dos Bitcoins”), e sua esposa venezuelana Mirelis Zerpa, essa que encontra-se foragida da justiça brasileira.
Em agosto de 2021, essa empresa acabou sendo alvo de uma operação da polícia federal que prendeu vários dos principais líderes e bens destes. Além disso, foi possível reunir documentos para entender melhor o golpe e até o envolvimento do faraó com um possível grupo de extermínio encarregado de eliminar líderes de empresas concorrentes.
Enquanto essas informações não eram públicas, as pessoas continuavam a celebrar contratos com a empresa, que prendia o saldo dos investidores por um período.
Brasileiro perdeu toda sua poupança com o “Faraó dos Bitcoins” e pede para justiça parcelar custas
O Bitcoin é uma moeda digital que não pertence a nenhum governo ou empresa, sendo uma tecnologia criada para permitir trocas voluntárias pela internet. Mas essa teve sua imagem utilizada por golpistas de todo mundo, que assimilam a valorização da moeda nos últimos anos a ganhos fáceis.
E uma das empresas investigadas no Brasil pela prática é a GAS Consultoria, que até motivou autoridades brasileiras a pedirem urgência na regulação do mercado para tentar prevenir novos golpes contra investidores.
E um brasileiro que perdeu toda sua poupança na empresa do “Faraó dos Bitcoins” teve um pedido feito na justiça do Rio de Janeiro aceito. Como ele perdeu toda a sua poupança investindo na empresa de Cabo Frio, o morador da cidade argumentou que nem dinheiro para pagar as custas do processo ele tinha.
“1. Autor alega que investiu todas as suas economias em criptomoedas, alegando haver caído no golpe denominado “pirâmide financeira”, e por isso se encontra em situação de dificuldade financeira. 2. Contexto fático que denota a possibilidade de o agravante custear as despesas processuais. Todavia, diante da dificuldade pontual que atravessa o agravante, é possível conceder o parcelamento das custas e da taxa judiciária, buscando compatibilizar a garantia do acesso à justiça com o interesse do erário.”
Com a autorização da justiça, o investidor poderá pagar as custas processuais em até 6 parcelas iguais, mostrando que os desembargadores do Rio estão entendendo as dificuldades pelas quais atravessam os clientes da empresa.
Esse cliente investiu R$ 185 mil com o “Faraó dos Bitcoins”, entre maio e junho de 2021, não recebendo o rendimento prometido desde 2021, quando a Operação Kryptos encerrou a operação da empresa. Ele é morador de Cabo Frio e agora aguarda decisão da justiça para buscar reaver seu dinheiro.