O governo dos Estados Unidos extraditou do Panamá Gutemberg Dos Santos, o líder brasileiro do golpe de pirâmide Airbit Club. Ele agora aguarda julgamento em um tribunal de Manhattan e pode pegar de 20 a 30 anos de prisão.
De acordo com um comunicado feito pelo procurador dos EUA em exercício para o Distrito Sul de Nova York, as autoridades foram capazes de extraditar Gutemberg do Panamá.
Gutemberg está enfrentando acusações relacionadas ao seu papel de orquestrar um golpe com criptomoedas que fraudou vítimas em “dezenas de milhões de dólares”. O líder do antigo esquema tem dupla nacionalidade do Brasil e dos Estados Unidos, ele foi extraditado do Panamá para os Estados Unidos no dia 23 de novembro de 2020.
Brasileiro líder da AirBit Club enfrentará acusações criminais nos EUA
As autoridades dos EUA prenderam cinco pessoas que estavam envolvidas no esquema da AirBit Club – golpe que roubou mais de $ 20 milhões de vítimas. Os líderes do esquema Ponzi prometiam aos usuários recompensas milagrosas com a mineração de bitcoin.
No entanto, a justiça descobriu que o grupo buscava apenas viver um estilos de vida luxuoso com dinheiro de vítimas.
A justiça também disse que Gutemberg usava “desculpas” para negar às vítimas o acesso aos seus fundos. Em um caso, foi dito a uma vítima do sexo feminino que “ela deveria trazer ‘sangue novo’ para a empresa para receber seu retorno.” Ela ouviu isso depois de tentar sacar sem sucesso seu dinheiro investido.
Uma declaração da justiça diz que não importa onde os líderes de golpes estejam, eles serão caçados:
“A extradição de Dos Santos reflete a determinação dos agentes da Força-Tarefa de Crimes Financeiros El Dorado do HSI de Nova York em desmantelar organizações criminosas globais, onde quer que a investigação nos leve.
Utilizando nossas amplas autoridades e rede de parceiros responsáveis pela aplicação da lei, a HSI continuará a caçar aqueles que supostamente atacam cidadãos inocentes para obter ganhos financeiros ”.
De acordo com o DOJ, acredita-se que um total de $ 20 milhões tenham sido lavados por Gutemberg e seus cúmplices. Consequentemente, o brasileiro, que deve responder por três acusações, pode pegar uma pena máxima total de 70 anos de prisão.
