Brian Armstrong, fundador e CEO da Coinbase, revelou nesta quarta-feira (3) que cerca de 40% do código de sua corretora é gerado por Inteligência Artificial (IA). Sua meta é alcançar a marca de 50% até outubro.
Nos comentários, muitos seguidores se mostraram surpresos com a informação. Enquanto alguns questionaram essa meta, outros pareceram preocupados com a segurança dos ativos na plataforma.
O executivo também compartilhou um link externo onde a Coinbase aborda essas ferramentas com mais detalhes.
CEO da Coinbase defende uso de IA e quer que 50% do código seja feito por robôs
Além de criptomoedas, smartphones, redes sociais e serviços de streaming, a Inteligência Artificial (IA) é uma das tecnologias que mais causou mudanças no início desse terceiro milênio.
Segundo Brian Armstrong, hoje cerca de 40% do código de sua corretora, a Coinbase, já é escrito por IA.
“~40% do código escrito diariamente na Coinbase é gerado por IA. Quero chegar a mais de 50% até outubro.”
“Obviamente, ele precisa ser revisado e compreendido, e nem todas as áreas do negócio podem usar código gerado por IA. Mas devemos usá-lo de forma responsável tanto quanto possível”, comentou.

As informações não foram tão bem recebidas pelo público. Como exemplo, um seguidor simplesmente questiona o motivo, outro ironicamente afirma que “isso vai envelhecer bem”, sugerindo problemas futuros de segurança.
A publicação conta com mais mil comentários e 1,5 milhão de visualizações, números bem acima da média de outras publicações do executivo.
Coinbase reconhece que IAs aumentam número de bugs, mas afirma que a responsabilidade é das pessoas
Armstrong também deixou um link sobre o assunto para seus clientes e seguidores. Chamada “Ferramentas para a produtividade de desenvolvedores na Coinbase”, a página explora o assunto com mais detalhes.
“Nossa atual estrela-guia é aumentar a adoção e ampliar a familiaridade com fluxos de trabalho baseados em LLM (Large Language Model) sem sacrificar a qualidade, o que acreditamos serem passos necessários para capacitar nossos engenheiros.”
O texto aponta para o uso de ferramentas como Cursor, Copilot e Claude Code.
“LLMs não produzem código perfeito, e vimos que o uso crescente de IA no desenvolvimento aumenta a quantidade de bugs”, escreveu a Coinbase. “Mas a IA ainda é apenas uma ferramenta para nós, e ferramentas não enviam bugs — humanos enviam.”
Dado isso, a corretora afirma ter parcerias com empresas de segurança e privacidade para manter seu padrão de qualidade. Listada na NASDAQ, a Coinbase é a maior corretora de criptomoedas americana.
Em outro gráfico, a empresa mostra que também está usando IA no código da Base, sua própria blockchain, bem como em outros produtos. Curiosamente, a parte institucional é aquela com a menor porcentagem.
“Este gráfico representa nossa avaliação inicial da adoção de geração de código por IA em várias áreas dentro da Coinbase, com a linha azul-escura mostrando o crescimento geral em toda a empresa.”

“Acreditamos que a IA aumentará enormemente a produtividade à medida que eliminarmos gargalos em outras partes do SDLC (Ciclo de Vida do Desenvolvimento de Software), como planejamento e fluxos de aprovação”, completou.